Marshall McLuhan, criador da frase o meio é a mensagem, trouxe reivindicações fundamentais e profundas sobre as relações casuais entre humanos e tecnologia.
Marshall McLuhan disse que o meio influencia significativamente a mensagem
À medida em que as pessoas querem entender o seu lugar nesse novo mundo tecnológico, é necessário examinar as suas relações efêmeras, principalmente aquelas criadas nas redes sociais. Não é de hoje que observo o que as redes sociais causaram na comunicação, pois parece que a qualidade publicitária já não faz mais sentido. Pois o que interessa, é apenas o like.
Certamente McLuhan estava certo quando disse que o meio é a mensagem, pois ele já previa que todo mundo seria lançado nesse imenso experimento global. Primeiro tivemos a TV, depois a Web e agora vemos as redes sociais, pois os smartphones conseguiram reestruturar profundamente as nossas vidas. Por isso resolvi abandonar algumas redes sociais, para ter um momento de reflexão, pois ninguém entende todo o propósito dessas mudanças. Profissionais de marketing, como eu, pensam 24 horas nesse poder da tecnologia e acabamos seguindo a previsão de McLuhan, gostando ou não.
A baixa qualidade do marketing nas redes sociais
Resolvi falar sobre McLuhan, redes sociais e marketing depois de ver um vídeo no perfil de uma loja do Carrefour. Nessa postagem, uma funcionária da loja, achando que é criativa, faz um vídeo de baixo nível técnico para informar sobre uma promoção. Imediatamente eu pensei: como o Carrefour permitiu uma publicação assim?
Falo isso porque passei 3 anos atendendo o Carrefour e, como qualquer outro cliente que eu atendi, ele era bem criterioso para aprovar qualquer peça publicitária. Desde um simples título de anúncio, até um ajuste milimétrico no tamanho da logo. Ou seja, o Carrefour nunca aprovaria um vídeo ridículo, criado por algum gerente de loja. Esse gerente pode ser perfeito na sua profissão, mas publicidade não é algo tão simples assim.
O meio é a mensagem?
McLuhan sempre era questionado sobre sua frase: “o meio é a mensagem”. Sua resposta sempre era a mesma, pois ele dizia que não tem importância o que uma pessoa diz ao telefone, o importante é que ela esteja usando o telefone. Pensando assim, podemos dizer que estar na rede social é muito mais importante, do que o perfil específico que você está visitando. Ou seja, o que você publica ou acessa no Instagram, TikTok e Facebook, tem menos importância do que a sua presença nessas redes sociais. Embora McLuhan tenha previsto isso, esse exemplo que falei acima, ilustra e justifica que seu conceito é poderoso, mas não é óbvio.
O fascínio pelas redes sociais ainda é o mesmo?
Lógico que não quero duvidar ou criticar tudo aquilo que o educador, filósofo e teórico da comunicação, Marshall McLuhan, representa. Principalmente porque é difícil imaginar a vida antes dos nossos mundos pessoais e profissionais serem tão dominados pela tecnologia. Estamos ligados via smartphones e por outros dispositivos que nos tornam mais acessíveis, mesmo assim o diálogo diminuiu consideravelmente. Pois essa fragmentação constante do nosso tempo, passou a ser o novo normal. Nos adaptamos com muita facilidade a essa nova normalidade, mas há uma desvantagem nisso. Especialistas já estão nos dizendo que essas interrupções e distrações, corroeram nossa capacidade de concentração, pois estamos sendo dominados por essa distração digital.
Com isso, precisamos sempre resgatar a nossa concentração, para fugirmos dessa tecnologia da idiotização em massa. Algo que nos deixa mais inquietos, pois sempre estamos procurando outra coisa para ver nas redes sociais. Parece até que essa tecnologia conseguiu levar o conceito de multitarefa a novas alturas, mas na verdade não estamos realizando vária atividades. Só estamos mudando rapidamente entre diferentes atividades nesse mesmo meio, que são as mensagens das redes sociais.
As emoções que as redes sociais causam
As redes sociais podem ter um efeito negativo no humor, pois as atualizações de amigos e influenciadores deixam várias pessoas com ciúmes. Essas emoções não são saudáveis e pesquisam já identificam que muitas pessoas resolveram adotar essa desintoxicação digital.
Vi uma pesquisa sobre usuários de redes sociais e ela mostrava que 24,4% dos usuários excluíram suas contas sociais. Além disso, mais de 30% dos entrevistados removeram os aplicativos de redes sociais, mas não excluíram seus perfis. Essa desintoxicação digital está sendo utilizada por indivíduos que procuram esse afastamento da tela, para se concentrarem melhor no seu bem-estar social e mental, no mundo real.
Onde está o consumidor digital?
Não importa o tamanho da sua empresa, mas se ela concentra toda a comunicação nas redes sociais, saiba que está na hora disso mudar. Pois seus clientes, provavelmente, estarão em outras ferramentas de negócios on-line. Para atingir esse consumidor que resolveu sair das redes sociais, sua presença na Web precisa de um especialista de marketing. Pois sua empresa vai precisar aparecer nos mecanismos de pesquisa e, para que isso aconteça você vai precisar de um site, aplicativo e ferramentas como o e-mail marketing, hot sites e landins pages.
Não estou falando que sua empresa precisa sair das redes sociais, mas estou dizendo que o período de experiências nessas redes, chegou ao fim. Procure um profissional de publicidade, pois só ele pode alcançar todo o potencial que a Web oferece. Afinal, ainda vivemos nessa aldeia global.
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