A primeira vez que o Pacificador apareceu nos quadrinhos ele foi enviado, com um diplomata, para preservar a paz em um fictício país da América do Sul.

No filme Esquadrão Suicida, o Pacificador afirma que ama tanto a paz, que está disposto a matar todos os homens, mulheres e crianças para garantir isso. Essa atitude hipócrita é uma piada, mas as origens do personagem, nos quadrinhos, justificam essa abordagem às vezes extrema.
O Pacificador iniciou sua vida de super-herói na extinta Charlton Comics, aparecendo na HQ Action Heroes, destinada a capitalizar o sucesso dos super-heróis da Marvel Comics, na década de 1960. Ele foi apenas um dos muitos vários super-heróis introduzidos pela Charlton neste período, como o Bezouro Azul, Capitão Átomo e Questão. No entanto, a Charlton faliu e os seus personagens foram adquiridos pela DC Comics. O Pacificador fez parte da DCU desde então, embora sem muito destaque, pelo menos até hoje. Antes de ser retratado por John Cena no filme Esquadrão Suicida e na série da HBO Max, o Pacificador era mais conhecido, pela maioria dos fãs de quadrinhos, como uma espécie de Comediante, de Watchmen.
O Pacificador surgiu em 1966
A primeira aparição Pacificador foi na HQ Fightin’ Five #40, de 1966. Escrita por Joe Gill e desenhada por Pat Boyette, a história apresenta aos leitores Christopher Smith, um personagem bem diferente do Pacificador de hoje. Nessa HQ ele é um diplomata descrito como: “um enviado à conferência de armas de Genebra… um homem dedicado à paz”. Smith chega a um país sul-americano sem nome e que está sendo devastado por uma guerra sem sentido. Lá o PAcificador descobre que tudo é causado por um traficante de armas e semeador do ódio, Emil Bork. Como qualquer fascista, a intenção de Bork é criar uma fortuna, vendendo armas para os habitantes locais. Não encontrando nenhuma solução diplomática para enfrentar esse tirano, Smith veste o traje do Pacificador e recorre à violência para evitar mais violência e interromper a guerra.

HQ com a origem do Pacificador
Pode parecer uma hipocrisia ver um amante da paz recorrer a táticas violentas. No entanto, os métodos do Pacificador fazem algum sentido, se lermos a sua história de origem. Eliminando um senhor da guerra, sem qualquer preocupação com o povo, o Pacificador evitou um conflito que causaria a morte de milhares de pessoas. Antes de se juntar ao Esquadrão Suicida, o Pacificador diz: “o terrível desperdício de vidas humanas em conflitos sem sentido entre nações”. Se considerarmos a data que essa HQ foi publicada, bem durante o auge da Guerra do Vietnã, é fácil ver o que está por trás da filosofia desse personagem. Seu perfil, como um amante da paz, também fazia mais sentido, já que o PAcificador usava principalmente armas não letais em suas lutas. Bem diferente da sua versão moderna, que é um vigilante altamente armado.
O Pacificador pode ser hipócrita quando comete atos de violentos, para preservar a paz. Porém, a sua primeira aparição nos quadrinhos, o apresentou de uma forma que fazia sentido. Principalmente se considerarmos o contexto da época, em plena guerra do Vietnã.
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