Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo confirma o sucesso do Multiverso, pois vivemos numa época de infinitas possibilidades.


Michelle Yeoh em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Misture várias roupas, de todas as cores, na sua máquina de lavar e tente imaginar como funciona o Multiverso do filme Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. Os Multiversos estão na moda, e uma prova disso é que esse filme concorre ao Oscar em 10 categorias, com 11 indicações. Ou seja, o Multiverso está em evidência porque vivemos numa época em que as pessoas olham para os seus Smartphones e são confrontadas por um número infinito de realidades. Podemos tocar em quase tudo, mas quase nada parece permitir alguma mudança. Até quem vive na mais profunda felicidade, também é assombrado por essas infinitas possibilidades, pois poderiam ter sido quase tudo, mas escolheram apenas um caminho. Portanto, achar que nossa história acontece apenas em um único plano de existência, com certeza pode ser um ato de total negação do futuro.
O filme, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, mostra um Multiverso dinâmico e totalmente enlouquecido, pois cada personagem tem infinitas possibilidades. Esse filme é estrelado por Michelle Yeoh e Ke Huy Quan, que participou de Indiana Jones e Os Goonies. A atriz Michelle Yeoh recebeu os melhores elogios de sua carreira nesse filme, que foi dirigido pelos Daniels. Uma dupla de cineastas que é formada por Daniel Kwan e Daniel Scheinert.
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo teve Matrix como inspiração
Mas, não posso deixar de falar que este aclamado filme de ficção científica poderia nem ter existido, se não fosse a inspiração de um dos maiores filmes de todos os tempos: The Matrix. Com certeza este filme compartilha algumas semelhanças com a trilogia Matrix, de Lily Wachowski, pois combinou ficção científica com artes marciais. Ou seja, foi Matrix que criou este novo tipo de filme de ação, fazendo com que atores, como Keanu Reeves, aprendessem a arte do Wire-fu. Para quem não conhece esse termo, Wire-fu é uma versão do Kung Fu usada em filmes de ação de Hong Kong, onde os atores eram presos em arames. Matrix estilizou esse conceito de Kung Fu, que também foi utilizado no filme Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo.
O filme concorre ao Oscar 2023
O filme tem sequências alucinantes e ainda concorre à 11 Oscars. No entanto, não é por causa de suas viagens ao Multiverso, que ele concorre na categoria de melhor filme. Quando assistimos Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, percebemos que ele fala sobre existência e sobre viver plenamente no momento presente. O filme mostra que podemos encontrar a beleza em nossas vidas, mesmo quando a comparamos com as nossas fantasias não realizadas. A família Wang tem milhares de variantes sensacionais no Multiverso mas, na principal, eles vivem em uma lavanderia falida.


Huy Quan, que participou de Indiana Jones e Os Goonies
Ou seja, o filme mostra claramente como nos consolamos rapidamente com os desastres pessoais da vida, quase sempre evitados por muito pouco. Portanto, o que torna Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo tão poderoso, é o seu Multiverso complexo, louco e desastroso.
Li uma entrevista do escritor de ficção científica Ted Chiang, onde ele diz que a ascensão do Multiverso representa uma mudança sísmica na ficção narrativa. Veja o que Ted Ching disse: “durante grande parte da história humana, as histórias reforçaram a ideia de destino”, argumenta Chiang. “Eles nos disseram que os eventos se desenrolaram da maneira que aconteceram, por causa do destino ou da vontade divina. Mas o Multiverso não é sobre destino. Pois em vez de mostrar como as coisas devem ser, ele imagina um lugar onde todas as opções são possíveis e iguais, nenhuma é melhor ou mais provável que a outra, nenhuma é mais destinada ou predestinada”.
Precisamos fugir pelo Bagel do Multiverso?
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo mostra que a doença dessa época não é o desespero e sim a exaustão. Por isso o filme está concorrendo ao Oscar 2023, pois o seu conceito de Multiverso derruba não apenas a ideia de uma narrativa linear, mas também destrói conceitos como identidade, sucesso ou fracasso. Pois o Multiverso sempre transmite a esperança de que não precisamos viver na linha do tempo mais sombria de nossas vidas. Isso porque o futuro sempre pode ser alterado, mesmo sem precisarmos mergulhar no Bagel Cósmico do filme.
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