Mussum, O Filmis traz várias lembranças

Finalmente assisti Mussum, o Filmis e posso dizer que ele trouxe várias lembranças da minha infância, pois vi Os Trapalhões na TV e no Cinema.

Mussum Filmis

Mussum, O Filmis recriou essa foto histórica dos Trapalhões

Lembro muito do programa Os Trapalhões, que passava na Rede Globo aos domingos, uma hora antes do Fantástico. Os Trapalhões tinha seus quatro integrantes permanentes, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, além de vários atores convidados. Na década de 70 esses programas humorísticos eram a única diversão de adultos e crianças à noite. Pois a TV tinha no máximo cinco canais e todos encerravam a programação um pouco depois da meia-noite.

Mussum, O Filmis é uma viagem de volta ao tempo, principalmente para quem era criança nas década de 70 e 80. O filme inicia com a infância de Mussum (Thawan Lucas Bandeira) e sua mãe, Dona Malvina (Cacau Protásio), mostrando como o humorista teve uma vida complicada, bem antes da fama. Após essa primeira fase de Mussum, o filme dá uma acelerada e mostra a carreira militar do ator, sua participação no grupo Os Originais do Samba e, lógico, vários bastidores e cenas do programa Os Trapalhões.

Uma época onde tudo era permitido

Quando o filme começa a mostrar a fase dos Trapalhões, o retorno à nossa infância é imediato, pois lembramos de praticamente todas as cenas. Principalmente quando Os Trapalhões começaram a criar clipes de músicas famosas, como Teresinha, de Chico Buarque, além de Morena de Angola, de Clara Nunes. Impossível não lembrar das cenas destes clipes, Pois Mussum, Didi, Dedé e Zacarias conseguiam escrachar e deixar qualquer música engraçada. Já que nessa época tudo era permitido no humor, algo que nenhum humorista conseguiria realizar hoje, pois o mundo está em constante evolução.

Mussum Filmis

Zacarias, Mussum, Didi e Dedé – Os Trapalhões

Mussum, O Filmis também mostra como Antônio Carlos (Ailton Graça) era uma pessoa iluminada, pois vários famosos conheceram o sambista/humorista no decorrer de sua carreira. Antônio Carlos conheceu, Elza Soares; Grande Otelo, que criou o nome Mussum; Jorge Ben Jor, que emprestou uma música para Os Originais do Samba e Chico Anysio, que criou o figurino e a famosa fala de Mussum. É assim que Mussum começa a falar Cacildis, Anonimis, Cinemis e várias outras expressões, que terminavam dessa maneira. Qualquer criança dessa época gostava de falar como Mussum e Didi, por isso Os Trapalhões subiam cada vez mais no Ibope.

Os Trapalhões no cinema

O filme não mostra nenhuma gravação dos Trapalhões para o cinema, mas vemos cenas onde Mussum, Zacarias e Dedé falam sobre a arrecadação de cada personagem, que dependendia da bilheteria. Como estou falando apenas sobre Mussum, O Filmis, não vou aprofundar muito sobre esses contratos e quanto cada personagem dos Trapalhões ganhava pela participação na TV e Cinema.

Só lembro que eu assistia a praticamente todos os filmes que Os Trapalhões lançavam no cinema, sempre no Metro Tijuca, Cine Tijuca Palace ou Carioca, cinemas fantásticos da Praça Saenz Peña. Lembro até hoje das imensas filas, do cheiro de pipoca e, lógico, da bala bonequinho. Nesses cinemas eu, minha mãe, meu pai, minha irmã, minhas tias e primos assistimos Aladim e a Lâmpada Maravilhosa (1973), Robin Hood, o Trapalhão da Floresta (1974), O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977), Os Saltimbancos Trapalhões (1981) e vários outros. Se tinha Os Trapalhões, ou Matinê Tom & Jerry nos cinemas, certamente eu estava lá assistindo.

Mussum era humorista e amava o samba

O filme mostra a ascensão meteórica de Antônio Carlos, que sai de uma infância pobre para sua nova vida de luxo, riqueza, vários casamentos e muito bebida, o seu famoso Mé. Mussum tenta conciliar sua carreira artística com Os Originais do Samba mas, infelizmente, ele não consegue e deixa o grupo. Também vemos todo o amor que Mussum tem pela Mangueira e como ele gostava de participar, junto com Alcione, mas apenas quando sobrava tempo nas gravações dos programas de TV e filmes.

Mussum já chegou a ser tema da Mangueira, bem depois do seu falecimento, pois a escola desfilou, em 2022, com o enredo Mussum Pra Sempris – Traga o Mé Que Hoje Com a Lins Vai Ter Muito Samba No Pé!. Aliás, o filme termina com Mussum conversando com vários jovens na quadra da Mangueira e dizendo que ninguém pode impedir os sonhos que eles vão ter. Nesse final percebemos como Mussum conseguiu alegrar Deus e o Mundis e como isso transformou-o num dos maiores humoristas negros do Brasil.

Mussum, O Filmis está disponível nas plataforma de streaming e no Telecine

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