Rabbit Hole traz o capitalismo de vigilância e algoritmos que controlam nossa vida

O mundo invisível dos algoritmos propaga um conteúdo efêmero e ajuda o capitalismo a ameaçar a democracia em Rabbit Hole e também no mundo real.

Rabbit Hole

Rabbit Hole tem Kiefer Sutherland e um grande elenco

Rabbit Hole é mais uma série de tv sobre a era de vigilância digital em que vivemos, onde as empresas controlam os dados e criam uma economia baseada em vigilância. O capitalismo faz isso utilizando algoritmos que controlam mensagens e conteúdo, mas que também ampliam as divisões sociais e a desigualdade. Ou seja, esse modelo econômico representa uma ameaça direta à democracia e estabilidade social, pois esses algoritmos, incorporados ao nosso contexto cultural social, sugam os nossos dados pessoais.

A série traz o retorno de Kiefer Sutherland, que interpreta John Weir em Rabbit Hole, disponível no Paramount+. Sutherland enfrenta essa nova conspiração sinuosa, algo que ele conhece bem, pois ficou 8 longos anos na série 24 Horas.

Os algoritmos de Rabbit Hole

No entanto, diferentemente do herói de 24 horas, desta vez Sutherland, com 56 anos, encara o papel de John Weir. Um mestre em espionagem corporativa, que precisa fugir quando se envolve em uma conspiração tenebrosa, enquanto tenta enfrentar os algoritmos que tentam controlar a economia e o poder.

“John Weir e Jack Bauer são personagens muito diferentes”, disse Sutherland em entrevista. “Jack é um instrumento contundente, enquanto John é como um bisturi cirúrgico.” Continuou Kiefer Sutherland

Criado por John Requa e Glenn Ficarra (Golpe Duplo), Rabbit Hole é um suspense que acontece em Toronto, com John Weir, seu pai e equipe tentando parar os terroristas. Sutherland falou sobre a série em entrevista recente: “Jack sempre correu em direção à luta e John corre para longe disso”.

Rabbit Hole

Miles Valence e John Weir

A coleta de dados massiva e quase sempre invisível, que vemos na série, permite a criação de grandes dossiês de cada indivíduo. Esse dados acabam sendo mesclados, enriquecidos e agregados, para determinarem um perfil da população, na série e no mundo real. Isso influencia se você está apto à comprar uma casa, se pode receber um determinado pacote de viagem e até se pode receber algum tratamento médico, para salvar sua vida. Ou seja, qualquer produto ou serviço está atrelado à sua coleta de dados digitais.

Esse controle digital também visa a desigualdade e um conflito social constante, mas direcionado por quem tem acesso aos dados coletados. Essas são as principais questões existenciais que a sociologia deste século vai enfrentar. Algo que percebemos muito bem, quando o pai de John Weir explica como acontece esse controle dos poderosos capitalistas, no episódio 3. Ele diz:

1 – “Enfraqueça a fé das pessoas na mídia, para que elas comecem a duvidar da natureza da verdade”
2 – “Polarize facções na sociedade”
3 – “Quando as pessoas pararem de ver o outro lado como humano, os direitos humanos deixam de ser um obstáculo”
4 – “Marginalize a inteligência. Quando o povo para de ouvir os experts, ele torna-se maleável. Eleja um candidato sob o pretexto de restaurar a ordem, mas alguém que possa ser controlado”

Quando terminamos de assistir ao último episódio de Rabbit Hole, acontece uma inevitável comparação com as conspirações do nosso mundo real, pois essa manipulação tecnológica é constante e será ampliada gradativamente. Ou pode ser encerrada, se a população conseguir evitar esses algoritmos malignos, que o capitalismo selvagem tenta impor em nossas vidas.

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