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Mesmo que você não goste muito de ficção científica, há muito com o que se animar na série Periféricos, do Prime Video.

Chloë Grace Moretz

The future is inside us, It’s not somewhere else é o refrão da música The Numbers, do Radiohead e diz muito sobre a série Periféricos, disponível no Prime Video. Antes de assistí-la, familiarize-se com as múltiplas linhas do tempo, diversos futuros possíveis e, lógico, o apocalipse iminente. A série é baseada no livro de William Gibson, Periféricos e mostra Chloë Grace Moretz como uma gamer que encontra algo poderoso, enquanto testa um protótipo de tecnologia VR. Periféricos é uma experiência de ficção científica com vários segredos,mistérios e um quebra-cabeça de tirar o fôlego.

Pelo menos os dois primeiros episódios mostraram isso e, certamente, temos que vê-los mais de uma vez. Esses dois episódios são divididos entre duas linhas do tempo, que são bem contrastantes. Uma mostra os Estados Unidos da década de 2030 e a outra Londres, por volta de 2100. Essa linhas do tempo parecem ser diferentes, mas há um fio de conexão entre essas duas eras. Afinal, Periféricos está apenas começando a explorar essas viagens e os episódios 1 e 2 não são suficientes para que possamos descobrir o que está acontecendo nesse mundo tresloucado.

Jack Reynor em Periféricos

O primeiro futuro, onde vivem Flynne Fisher e seu irmão, Burton, é apenas um pouco diferente do nosso mundo. Imagine uma pequena cidade de 30 mil habitantes e como ela poderá ser daqui há 30 anos. Isso mesmo, ainda tem muita gente trabalhando duro para sobreviver, só que essa cidade é muito mais degradada. Isso por causa de uma persistente falta de oportunidades econômicas, que mostra a qualidade de vida das pessoas comuns retrocedendo, mesmo com toda a tecnologia criada.

Certamente o famoso sonho americano ainda deve estar vivo, menos para a classe trabalhadora. Tudo que resta é uma economia baseada em grandes lojas multinacionais e cadeias de fast-food, nada de agricultura orgânica ou leis trabalhistas. No entanto, essa cidade da série tem uma impressora 3D que também é utilizada para fabricar drogas ilegais e imitações de produtos convencionais. Será que nem a pirataria conseguiremos vencer? No entanto, esse futuro valoriza os gamers excepcionais, como Flynne e Burton, oferecendo oportunidades para que eles ganhem dinheiro, como jogadores de aluguel em games de combate online. Ou seja, o futuro desse mundo é uma merda, pois Flynne e Burton precisam comprar um comprimido muito caro para a mãe doente e que consome praticamente todo o dinheiro que eles ganham.

Periféricos mostra o futuro controlando o passado

Já o segundo futuro apresenta um vislumbre da Londres de 2099, ou seja, em pleno século XXII. Nesse futuro vemos um homem e uma garota conversando no banco de um parque, sobre algo ininteligível e que, provavelmente, ficará claro no decorrer da série. Ainda não assisti ao episódio 3 e vou falar sobre ele em outro artigo no futuro. Se tivéssemos o dispositivo VR dessa série, provavelmente já teríamos acesso à esse artigo que eu ainda não escrevi.

Aqueles que vivem no século XXII conseguem afetar 2032, através da tecnologia, por isso eles detêm grande poder sobre a história do mundo. É como se fosse o almanaque esportivo de Biff, do filme De Volta Para o Futuro, só que muito mais sombrio. Especialmente porque eles já conhecem os eventos que acontecerão e tentam lucrar com isso. Com isso explicado, retorno ao título desse artigo, um trecho da música The Numbers, para dizer que o futuro está dentro de nós e que nenhuma tecnologia pode curar a nossa essência. Quem é ruim e deprimente no passado, será ainda mais ruim e deprimente nesse futuro totalmente tecnológico. É exatamente isso que a série Periféricos vai tentar mostrar.

Periféricos sugere que esse problema está apenas começando, pois o novo equipamento VR de Burton vem de uma empresa fictícia colombiana, chamada Milagros Coldiron. Certamente uma corporação de fachada, onde os que moram no futuro, conseguem lucrar com o passado. Como essas pessoas do século XXII podem criar empresas em décadas passadas, além de transferir fundos e até possuir conhecimento prévio dessas épocas, é difícil saber a influência que eles podem ter.

Periféricos mostra o passado enfrentando o seu próprio futuro distópico e tentando criar uma nova realidade. Quando assistir essa série, pense em nosso mundo, em nossos problemas ecológicos, violência excessiva e aquela sensação assustadora de que o capitalismo está sugando a nossa alegria. Com certeza não é esse futuro aterrorizante e decepcionante que eu quero.

Veja o trailer da série Periféricos

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