Os quadrinhos dos X-Men sempre destacaram a falácia do fanatismo como um grande obstáculo na vida de seus personagens, mostrando que todas as formas de intolerância, estão profundamente erradas.
Homem de Gelo e os X-Men enfrentam o preconceito
Estamos no Mês do Orgulho LGBTQIA, criado após uma ação truculenta da polícia, em 1969, que invadiu um bar LGBT, localizado em NY. Essa mesma truculência, de quem não aceita as transformações da vida, sempre apareceu na HQs dos X-Men. Por isso esses personagens da Marvel, são frequentemente citados como um paralelo para o movimento dos direitos civis. Mesmo que no início os X-Men tenha surgido como apenas cinco crianças brancas, na escola preparatória para mutantes, do Professor Charles Xavier.
No entanto, os X-Men mudaram muito ao longo dos anos e essa base da primeira HQ, ampliou a criatividade de inúmeros escritores e artistas. Com isso, as novas história dos mutantes tiveram a oportunidade de abordar assuntos pesados, como racismo, xenofobia e, claro, homofobia, através dos quadrinhos convencionais. Mesmo que essas histórias geralmente apareçam apenas como uma metáfora, isso já é algo sensacional. Mesmo assim, sei que essa representatividade nas HQs ainda tem um longo caminho a percorrer.
Os X-Men têm personagens LGBTQIA, como a Mística
Os X-Men sempre combateram todas as formas de intolerância e tudo aquilo que está profundamente errado. Foi exatamente isso que atraiu um público imenso para os X-Men, pois as pessoas enxergavam os seus problemas nessas HQs. Esses Mutantes, de alguma forma, se assemelham a muitos problemas da vida real. Certamente esses personagens experimentam uma versão ficcional dessa opressão em suas histórias.
Por isso que nos anos 80, alguns conteúdos queer aparecem nas HQs dos X-Men. Como o romance de Illyana Rasputin e Kitty Pryde e até a falta de interesse por mulheres, do personagem Estrela Polar, que foi o primeiro super-herói abertamente gay, dos quadrinhos. Além disso, Chris Claremont criou o Vírus Legado, nos anos 90, como um análogo da AIDS. Muitos mutantes morrem por causa desse vírus, que como o HIV, era visto como uma doença que afetava apenas pessoas específicas. Por causa dele, a personagem Moira MacTaggert é infectada e morre lentamente nas páginas da HQ dos X-Men.
Leitores enxergam o seu mundo nas HQs
Ver personagens LGBTQIA sendo aceitos nas revistas em quadrinhos, é reconfortante para aqueles leitores que sofrem, antes de decidir se devem ou não se assumir. Por isso que mesmo com os seus erros, as histórias dos X-Men passam a ser um farol para milhões de pessoas em todo o mundo. Exatamente aqueles que sabem o que é ser julgado pelo que são, ou os que precisam esconder algo que a maioria da humanidade pode não entender. Já li várias reportagens sobre pessoas que descobriram os X-Men em um momento importante da adolescência, justamente quando sofriam algum tipo de preconceito.
Pois apesar de todas as mudanças positivas que as últimas décadas trouxeram, este mundo ainda é um lugar muito perigoso. Por isso o personagem Estrela Polar, da Tropa Alfa, tem uma importância enorme para vários leitores de HQs. Certamente ele abriu um terreno nunca antes pisado na indústria dos quadrinhos e isso mostra que todos nós devemos combater o preconceito e o homofobismo.
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