Saudade do sol nas bancas de revista


Hoje é Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos e lembrei do tempo que eu ia sem lenço e sem documento, mas com alguns trocados na mão, comprar uma HQ no jornaleiro da esquina.

Bancas de Revista

A bancas de revista sempre tiveram vários tipos de quadrinhos

O jornaleiro da esquina sempre esteve presente na minha vida e já comprei várias HQs nesse saudoso estabelecimento. Na década de 70 comprava HQs da Ebal, da Block Editores e algumas do Brasinha, Bolota, Gasparzinho e Mortadelo & Salaminho. Nos anos 80 comprei todas as revistas Marvel da Editora Abril, várias Revistas Mad e também da Turma da Mônica. Na década de 90 eu continuei comprando quadrinhos no jornaleiro, mas já encontrava algumas revistas nas livrarias dos shoppings.

Confesso que tenho muita saudade desse tempo, pois passava na frente do jornaleiro e já dava uma olhada, para ver se tinha chegado alguma HQ nova. É uma pena que essas bancas de revista estejam em extinção, deixando várias crianças sem conhecer essa experiência única. Comprar a revista, já ler algumas páginas no caminho para a casa e terminar a leitura deitado na cama, ou sentado no sofá. Hoje, quase tudo é digitalizado e até eu compro alguns quadrinhos pelo Kindle, mas também não deixo de comprar uma revista impressa na loja de quadrinhos da Amazon. Garanto que é muito melhor ler uma revista impressa, do que numa tela.

Sou publicitário por causa das bancas de revista

Acho fantástico que tenham criado o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, pois essa arte influenciou a vida de várias pessoas, além de estimular o interesse pela leitura. Essa data foi escolhida porque no dia 30 de janeiro, de 1869, Angelo Agostini publicou na revista Vida Fluminense, a primeira história em quadrinhos brasileira: As Aventuras de Nhô Quim, ou Impressões de Uma Viagem à Corte. Por causa disso, em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo marcou a data como uma dia comemorativo. Fazendo uma homenagem aos profissionais brasileiros que trabalham com quadrinhos.

As HQs estimulam a criatividade e o interesse pela arte e literatura, por isso que resolvi ser publicitário e escritor. Quando cursava publicidade eu até escrevi uns roteiros de quadrinhos e chamei um diretor de arte para criar o visual dos personagens. Nunca publiquei nenhuma HQ, mas criei livros infantis e aplicativos para o Green Team. Por isso tenho saudade do tempo que comprávamos revistas em quadrinhos no jornaleiro da esquina. Nada vai conseguir apagar essa lembrança e até guardo algumas revistas antigas, que mostrei para os meus filhos e também mostrarei para os meus netos.

Os quadrinhos permitem que enxerguemos o mundo da maneira que o artista o vê, mas também abrem espaço para que possamos imaginar o que pode existir além daqueles desenhos e balões perfeitamente diagramados dentro de um espaço quadrado, um quadradinho, um quadrinho.

Portanto, aproveite que hoje é o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos e leia uma HQ. Por que não?

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