Pequena Miss Sunshine e o maravilhoso mundo imperfeito


O filme Pequena Miss Sunshine faz comédia com aquilo que o capitalismo enraizou em nossas mentes, uma competição intensa e desnecessária.

Pequena Miss Sunshine

Abigail Breslin é Olive Hoover em Pequena Miss Sunshine

Tem dias que a TV por assinatura resolve liberar filmes bons e hoje estava passando Pequena Miss Sunshine, essa comédia sombria que esculacha a perfeição social. Um filme perfeito para esse século XXI dominado por redes sociais e influenciadores digitais que passam a ideia de que a vida é linda. Dedicação, sucesso e prosperidade são três palavras que personificam o sonho dessa sociedade digital capitalista, por isso ela vive nas telinhas dos smartphones. Essas pessoas deveriam assistir ao filme, Pequena Miss Sunshine, dirigido por Valerie Faris e Jonathan Dayton, pois ele é uma antítese desse sonho utópico.

No filme vemos uma família que procura administrar suas próprias esperanças e aspirações, tudo para viver nessa sociedade motivada pelo sucesso acima de tudo. Pequena Miss Sunshine faz uma crítica satírica desse mundo perfeito inexistente e expõe as falhas da nossa sociedade, defendendo aqueles que estão acima da artificialidade.

A família Hoover é totalmente diferente do que Olive (Abigail Breslin) aspira, a vida glamorosa que ela assiste na TV. Para que Olive encontre esse sonho, sua família entra em uma Kombi amarela e parte para um concurso infantil de miss. Só que nessa viagem os defeitos da Kombi se tornam uma metáfora para os problemas da família. Porém, como qualquer família de classe média brasileira, os seis trabalham em equipe para consertarem a Kombi e também para resolverem seus problemas.

Dwayne (Paul Dano) é aquele adolescente distante e isolado que promete ser mudo, até ser um piloto de caça; Sheryl (Toni Collette) é a mãe de Olive e está sempre estressada com seu marido hiperativo e competitivo, mas é uma sonhadora; Richard (Greg Kinnear) é o pai de Olive e alérgico a perdedores; Frank (Steve Carell) e Edwin (Alan Arkin) completam essa diversidade familiar, o primeiro é gay, depressivo e suicida, e o último um avô viciado em drogas.

Já dá para perceber que essa viagem até o concurso de miss infantil é algo surreal, porém o filme apresenta tudo isso de maneira bem engraçada e crítica. Vemos o pai de Olive pressionando a filha para emagrecer e criticando todos os defeitos dos outros, que chama de perdedores, enquanto a mãe é mais liberal e positiva. É nessa hora que vemos Olive perceber a influência nociva das rígidas normas sociais, que sempre exigem pessoas perfeitas, principalmente nesse concurso infantil de miss.

Depois de muitas alegrias e tristezas na viagem até o concurso, Olive finalmente sobe ao palco para uma performance burlesca da música Super Freak e isso choca as mães superficiais das outras candidatas. Nessa hora, toda a família Hoover sobe ao palco para dançar e apoiar Olive. Essa dança é uma das cenas mais engraçadas do cinema e mostra que o mundo real é imperfeito, mas também pode ser maravilhoso. Mesmo se você falhar.

Veja abaixo o trailer de Pequena Miss Sunshine

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