Capitão Fantástico apresenta um mundo utópico


Imagine deixar a selva de concreto para trás e viver apenas em contato com a natureza, sem Wi-Fi e Smartphone, como no filme Capitão Fantástico.

Capitão Fantástico

Icônico ônibus do filme Capitão Fantástico

Escapar para uma praia isolada, ou para o alto de uma montanha pode ser uma experiência interessante. Mas só se você puder retornar para a sua casa, de preferência em alguma cidade grande. É lógico que existem pessoas que abraçam essa utopia do personagem Ben (Viggo Mortensen), que vive com os seus filhos sem tecnologia e televisão. Ben tenta suprir a ausência desse modernismo com muitos livros, debates e atividades na natureza.

Ou seja, à noite essa família se senta ao redor de uma fogueira, onde as crianças leem livros de Dostoievsky. Nenhuma criança ou jovem está com um smartphone na mão, mas eles discutem sobre o capitalismo e falam sobre a filosofia de Noam Chomsky. No entanto, esse mundo utópico do filme Capitão Fantástico está bem próximo de implodir. Pois a família precisa resgatar o corpo da mãe de um funeral que eles não acreditam e partem nessa missão.

Um confronto de culturas

Os pais de Leslie culpam Ben por tudo e o proíbem de chegar ao funeral de sua esposa. Porém, como Ben nunca precisou respeitar ninguém, ele leva sua família para o gigantesco ônibus escolar e segue para o funeral. Eles precisam garantir que Leslie tenha a cerimônia de cremação budista, algo que ela sempre quis.

Como a viagem é longa, Ben e sua família passam a noite com Harper (Kathryn Hahn), Dave (Steve Zahn) e seus dois filhos adolescentes e temos um confronto de cultura bem radical. Pois os filhos de Ben não sabem nada sobre a cultura pop, mas ele argumenta que eles foram educados muito bem, mesmo sem precisar ir à escola. Algo que pouquíssimas famílias, espalhadas pelo mundo, acham que é correto.

É nessa hora que vemos que até a família de Ben pode discordar dessa vida bucólica e, até certo ponto, solitária. Pois Bo (George MacKay)se inscreve numa faculdade e Rellian (Nicholas Hamilton) se rebela abertamente contra o controle autoritário de seu pai. Por isso Rellian resolve ir morar com seu avô, totalmente capitalista, e isso causa uma reviravolta na família.

O mundo precisa de uma evolução constante

Capitão Fantástico é um bom filme, pois nos faz pensar: e se os seres humanos pudessem voltar à natureza, todos os problemas do mundo seriam erradicados? É lógico que existe um erro grave nesse tipo de pensamento, afinal boa parte do mundo já vive em contato com a natureza, mas não têm água corrente, uma agricultura de subsistência e muito menos uma medicina moderna. Por isso, até Ben tenta alterar a sua linha ideológica, deixando que seu filho mais velho vá para uma universidade e os outros sejam matriculados em escolas. Isso acontece logo depois deles cremarem a mãe, ao som de Sweet Child O’ Mine, da banda Guns N’ Roses.

Mesmo nessa hora, que os jovens finalmente têm contato com o mundo real, vemos que a família do Capitão Fantástico não esquece suas raízes filosóficas, pois Zaja (Shree Crooks) diz para Bo, antes dele partir: “power to the people, stick it to the man”, que em tradução livre significa: “poder para o povo, dane-se o governo”.

Assista ao Trailer

No Site MobDica falamos sobre cinema.

Na Amazon você encontra Uma Loja Especial da Marvel – Clique Abaixo

Mídias relacionadas:

Compartilhe:

Artigo:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE










Posts
Relacionados