Quando conversar com seus amigos fãs de cinema, pergunte sobre os filmes dos anos 80, com certeza Highlander será um dos primeiros a ser mencionado.

Connor McCloud e Heather MacLeod

Se pensarmos como este filme ainda está na mente de milhares de fãs de cinema ao redor do mundo, mesmo que ele tenha sido um fracasso de bilheteria, vamos perceber como Highlander – O Guerreiro Imortal é eterno, igual à Connor MacLeod.

Eu estou na turma que assistiu ao filme no cinema e fico impressionado quando falam sobre o seu fracasso mundial de bilheteria. Tenho certeza de que no Brasil as sessões estavam sempre lotadas. Aliás, como qualquer outro filme dessa louca década de 80, onde o cinema era uma diversão essencial.

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Dirigido por Russell Mulcahy, mais conhecido por seu trabalho em videoclipes para nomes como Duran Duran e Ultravox, o filme se concentra no Highlander Connor McCloud. O início da história mostra McCloud (Christopher Lambert) durante uma batalha ao lado de seu clã, no ano de 1536. Após derrotar seus inimigos e até morrer, ele descobre sobre a sua imortalidade. Para controlar esse poder ele conhece o também imortal Ramirez (Sean Connery), um verdadeiro professor para Connor. Ramirez ensina McCloud a aprimorar sua habilidade com a espada, preparando-o para o desafio final dos Highlanders.

Ou seja, McCloud precisa encarar um conflito milenar entre os imortais, no qual só pode haver um vencedor. Essa batalha é a única maneira desses imortais morrerem, mas eles precisam ser decapitados, pois apenas o último guerreiro de pé, ganha o prêmio máximo. Essa jornada de Connor o leva através dos séculos até Nova York, em 1986, onde ele deve enfrentar o seu adversário final, o guerreiro Kurgan, interpretado por Clancy Brown.

Clancy Brown como Kurgan

Além de ser uma ficção científica épica, Highlander tem um grande elenco e uma trilha sonora matadora. Mas parte do apelo desse filme, certamente, é falar sobre a imortalidade, a angústia existencial e, lógico, o amor eterno. Esse enredo deixa o espectador pensando sobre a sua própria existência. Já que, aparentemente, nenhum de nós quer morrer, apesar de ninguém realmente desejar viver para sempre.

Através dos olhos de Connor McCloud, percebemos como a imortalidade pode ser mais uma maldição, do que uma bênção. No filme percebemos que a morte é inevitável para todos e ser imortal só causa a dor. MacLeod acompanha o seu amor eterno, Heather MacLeod, mas a vê envelhecer e morrer.

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O visual fantástico de Highlander

Highlander tem uma fotografia magistral e até o Castelo Eilean Donan, na Escócia, aparece durante as cenas de MacLeod, no seu passado. Porém, o que realmente tem um destaque enorme nesse filme, é a trilha sonora impressionante e icônica do Queen. O trabalho da banda complementa perfeitamente a narrativa, com a emocionante e triste Who Wants To Live Forever e também com o rock pesado, de bater cabeça, que é tema do personagem Kurgan, Gimme the Prize.

Lógico que o principal destaque dessa trilha inesquecível, é uma das canções mais famosas do Queen, A Kind of Magic. Ela aparece durante o filme, ligeiramente diferente, para depois surgir com destaque no final. Aliás, nunca deixe nenhum filme antes dos créditos finais. A letra dessa música, de Roger Taylor, é inspirada totalmente no roteiro de Highlander – O Guerreiro Imortal. Outra música que faz parte do filme, Princes of the Universe, também está na trilha sonora da série de TV, Highlander, de 1992.

Highlander é um filme que merece ser refilmado para os dias atuais e vai crescer muito com a possibilidade de efeitos especiais mais tecnológicos. Além disso, a história ficará sensacional em Dolby Vision e Dolby Atmos. Mas a sua trilha sonora precisa permanecer a mesma, com o Queen e a voz imortal de Freddie Mercury, totalmente remasterizada.

Highlander é um filme do anos 80, mas acho que todo mundo precisa ver esse grande sucesso do cinema. Apesar do fracasso da bilheteria mundial, o filme é bem divertido e eterno como Connor McCloud.

Assista abaixo ao clipe de A Kind Of Magic

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