O primeiro personagem LGBTQIA+ dos quadrinhos surgiu em 1979

Estrela Polar foi o primeiro personagem LGBTQIA+ dos quadrinhos, mas isso só aconteceu em 1979, na HQ dos X-Men.

Estrela Polar é o Primeiro Personagem LGBTQIA+ dos Quadrinhos

O casamento de Estrela Polar acontece na HQ Astonishing X-men #51

Por muito tempo a representação LGBTQIA+ foi silenciada nas HQs e somente em 1979 essa comunidade passou a ser totalmente representada. Antes dessa época, até havia indícios de super-heróis e super-heroínas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, mas nada era muito explícito. Lógico que o motivo para isso era o preconceito, pois o Comics Code Authority (CCA) censurava os editores de quadrinhos, que não podiam mencionar a homossexualidade em suas revistas.

Para que você tenha uma ideia de como essa repressão era massiva, criamos uma linha do tempo que mostra como os quadrinhos foram vencendo a homofobia.

1954: A Comics Code Authority (CCA) proíbe que mencionem a homossexualidade, podendo apenas sugerir a orientação sexual ou identidade de gênero de um personagem.

1978: Chris Claremont disse que originalmente pretendia que Mística e Sina fossem os pais biológicos de Noturno. Ele até sugeriu que Mística se transformasse em um corpo masculino, mas a Marvel não concordou, porque isso era proibido nos quadrinhos, nessa época.

1979: Estrela Polar é o primeiro grande personagem gay criado pela Marvel, pois foi planejado para ser gay, desde a primeira revista.

1988: Extraño é o primeiro super-herói abertamente gay da DC Comics e até é infectado pelo HIV de um vampiro.

1989: A Comics Code Authority (CCA) suspende a proibição da homossexualidade nos quadrinhos convencionais.

1993: Coagula, da Patrulha do Destino, é apresentada como a primeira personagem transgênero dos quadrinhos. Além disso, Wiccano e Hulkling passam a ser o primeiro casal gay da Marvel, algo que mostra a diversidade nos quadrinhos.

2006: A orientação sexual de Batwoman é anunciada.

2013: A DC Comics lança uma HQ com o primeiro personagem transgênero dos quadrinhos.

2020: A indústria dos quadrinhos percebe que precisa ser mais inclusiva, por isso grandes avanços acontecem. Novas HQs com personagens LGBTQIA+ são lançadas e até personagens históricos, como o Capitão América, ganham versões lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

Nos quadrinhos brasileiros não lembro de ter visto nenhum personagem LGBTQIA+ em alguma revista. No entanto, recentemente uma HQ da personagem Tina, de Maurício de Sousa, parece ter apresentado o primeiro personagem gay dos quadrinhos brasileiros e ele se chama Caio.

Archie Quadrinhos LGBTQI+

HQ Life With Archie teve o primeiro casamento gay dos quadrinhos

Todo mundo acha que o primeiro casamento casamento gay dos quadrinhos aconteceu na HQ dos X-Men, mas isso não é verdade. Pois a HQ Life With Archie #16 mostra o casamento gay do personagem Kevin Keller, que um grupo conservador de mães americanas tentou proibir, mas não conseguiu. Aliás, essa HQ fez um sucesso tremendo e teve sua edição esgotada em poucas horas.

John Goldwater, CEO of Archie Comics, disse isso: “Riverdale é um lugar seguro e acolhedor que não julga ninguém. É uma versão idealizada da América que esperamos que se torne realidade algum dia”.

Aproveite que hoje é Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e pense no que o CEO da Archie Comics disse. Pois apesar de todas as mudanças positivas que as últimas décadas trouxeram, este mundo ainda é mais perigoso para algumas pessoas, do que para outras.

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