Neil Young retirou suas músicas do Spotify e criticou a qualidade da plataforma

Após deixar a plataforma, por apoiar o negacionismo, Neil Young extende suas críticas e descreve o Spotify como um fornecedor de “mais músicas e menos som”.

(Photo by Justin Sullivan/Getty Images)

Neil Young está se sentindo bem melhor após retirar o seu catálogo de músicas do Spotify, no início desta semana, mas não deixou de dizer que se opõe à qualquer tipo de censura e falou: “as empresas privadas têm o direito de escolher como lucrar, assim como eu posso escolher de não tocar a minha música numa plataforma que dissemina informações nocivas.”

Young, um defensor de longa data do som de alta fidelidade, também criticou fortemente o Spotify por sua qualidade de áudio com perdas. “Amazon Music, Apple Music e Qobuz entregam até 100% de qualidade hoje e isso soa muito melhor do que o som degradado e castrado do Spotify”, disse ele. O Artista ainda acrescentou: “se você suporta o Spotify, você está destruindo uma forma de arte.”

Young implorou aos seus fãs: “procurem um novo lugar que realmente se importe com a qualidade da música”. Mas, tentar convencer os consumidores à ficarem preocupados com a alta qualidade do streaming de música pode ser bem complicado, pois várias pessoas são incapazes de distinguir algo como o nível de qualidade do Spotify e o verdadeiro som sem perdas, com Áudio Espacial e Dolby Atmos. Principalmente com a prevalência de fones de ouvido e alto-falantes Bluetooth que não oferecem suporte à essas tecnologias.

Não foi a primeira vez que Neil Young retirou o seu catálogo de músicas de serviços de streaming, por causa da qualidade de som. Em 2015, o cantor de “Harvest Moon” e “Heart of Gold” disse que estava retirando sua música dos serviços de streaming, pois elas não precisavam ser desvalorizadas pela pior qualidade da história da transmissão ou qualquer outra forma de distribuição ruim.

Por isso o Cantor acabou lançando o seu streaming de música, o PonoPlayer, de alta fidelidade e uma loja online que permitia que os audiófilos ouvissem a música da maneira como ela foi criada, com a emoção, os detalhes e o poder intactos. Mas o Pono foi desativado dois anos depois.

Essa briga de Neil Young com o Spotify alimentou os debates sobre liberdade de expressão e a chamada cultura do cancelamento, com vários comentaristas conservadores e figuras políticas negacionistas elogiando a decisão do Spotify.

Neil Young disse: “estou feliz e orgulhoso de me solidarizar com os profissionais de saúde da linha de frente, que arriscam suas vidas todos os dias para ajudar os outros.”

Com a pandemia ainda descontrolada, onde muitas pessoas continuam morrendo, tenho que concordar com Neil Young. Não podemos alimentar o negacionismo. “I am just a dreamer”

Artigo: Hugo Machado

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