Bob Dylan conhece a tecnologia Ionic Originals e grava um disco de alumínio

O mundo da música não para e depois do Streaming e Áudio Espacial chegou a vez do Disco de Alumínio, uma evolução do Vinil, que o cantor Bob Dylan experimentou.

De vez em quando nos deparamos com notícias bem inusitadas sobre o mundo da música. A mais recente diz que o produtor e guitarrista americano, vencedor de vários Grammys, T Bone Burnett, anunciou que está desenvolvendo uma nova tecnologia musical. Para essa parceria ele chamou ninguém menos do que Bob Dylan, com quem tocou e excursionou na década de 1970.

A novidade da vez é um disco de alumínio envernizado e com um sulco em espiral, que vai da parte externa até o centro da peça. Ou seja, uma suposta evolução do vinil, com qualidade de som superior ao LP e a qualquer outra mídia existente, inclusive de transmissão digital. Será?

O nome já patenteado do projeto, é Ionic Originals, que o comunicado oficial descreve assim: “discos que avançam na arte do som gravado e marcam a primeira evolução na reprodução analógica, em mais de 70 anos”.

Só que isto não é verdade, pois o disco de vinil foi lançado em 1948, recebeu a tecnologia estéreo dez anos depois e sofreu mudanças no processo de prensagem ao longo da história, que melhoraram a sua qualidade.

Pelo jeito, parece que a primeira fornada do Ionic Originals contará com clássicos de Bob Dylan, que foram regravados pelo cantor, ao lado de Burnett, especialmente para esse lançamento.

A indústria do Vinil sofre constantes desafios

A indústria do vinil vive uma crise, devido à alta demanda e também por causa das crescentes preocupações ambientais. Toda nova ideia é bem-vinda, mas toda essa conversa sobre o lançamento deixou colecionadores e especialistas ainda mais céticos sobre a viabilidade do Ionics. Como se não bastasse, temos a história de projetos idênticos que fracassaram, ou nem conseguiram decolar.

As principais dúvidas são essas:

Os discos serão reproduzidos em um toca-disco comum? Quantos minutos de música cabem neles? Como serão registrados? Qual é a vantagem sobre o vinil tradicional e projetos de alta definição, como o HD Vinyl? A qualidade de som é tudo isso mesmo? Quando o público poderá colocar as mãos nessa belezinha? Quanto custarão? Quem são os parceiros da NeoFidelity e, talvez o mais importante, quem se arriscará a vender essa novidade?

Toda tecnologia é bem-vinda mas, infelizmente, o Ionic Originals pode se juntar ao cemitério de formatos e dispositivos musicais. Como o Pono, criado por Neil Young, que prometia alta definição digital, mas falhou.

Ainda não temos muitas informações para julgar nada, além da apresentação do Ionic Originals, portanto temos que acompanhar os próximos capítulos.

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