Jornada nas Estrelas poderia ser uma série desconhecida hoje, se uma mudança de última hora não tivesse alterado a ordem dos episódios da primeira temporada.

Spock e Capitão Kirk
Quando o episódio “The Man Trap” estreou em 1966, a série mudou para sempre, mas esse piloto era o exatamente o sexto episódio de Jornada nas Estrelas. Porém, essa escolha de “The Man Trap”, como episódio de estreia, não foi por acaso.
Criado por Gene Roddenberry, Star Trek surgiu para ser diferente de tudo o que veio antes da série. Por isso os produtores escolheram transmitir os episódios fora de ordem. Vender uma série tão legal de ficção científica, como Jornada nas Estrelas, dependia muito do interesse do público e para isso as pessoas precisariam entrar à bordo da nave Enterprise. A série precisava capturar a imaginação do público e segurar firme.
Quando a série foi transmitida pela primeira vez e chegou nas casas das pessoas, os executivos escolheram esse episódio por causa de sua abrangência. Esse episódio conseguiu exibir a maioria dos principais membros da equipe, embora Scotty só seja ouvido e nunca visto. A idéia era mostrar aos telespectadores uma série divertida, sem ser muito complexa nos seus temas ou enredos.
A criação do Teletransporte
Embora houvessem outros episódios com histórias mais detalhadas e temas mais complexos, a apresentação de “The Man Trap” ajudou a transmitir os conceitos gerais de Jornada nas Estrelas. Esse episódio apresentou uma tecnologia bem futurista, que se mostrou essencial para o sucesso da série. Estou falando, claro, sobre o Teletransporte. Entretanto, essa tecnologia maravilhosa, não fazia parte do roteiro inicial de Roddenberry. Foi uma ideia que surgiu depois e isso tem à ver com as restrições orçamentárias impostas à Jonada nas Estrelas.
Mas, o que seria de Jornada nas Estrelas, sem o seu Teletransporte? Esse equipamento permitia que a tripulação da Enterprise viajasse entre os locais com muito mais rapidez e economia, pelo menos no ponto de vista da produção. Isso evitou que os criadores tivessem que filmar as cenas, para depois criar conjuntos de transição. Transferir pessoas e suprimentos era muito mais fácil e os espectadores adoraram essa ideia sensacional.

Equipe da Enterprise no Teletransporte
Na época em que Jornada nas Estrelas estava com luz verde e em plena produção, o Teletransporte passou a ser um dos seus conceitos mais cativantes, contudo só seria visto no final da primeira temporada da série. Por isso os executivos decidiram que era melhor colocar “The Man Trap” como o primeiro episódio, para introduzir essa tecnologia logo de cara. Os executivos sentiram que o Teletransporte seria melhor compreendido se aparecesse logo no primeiro episódio, ao invés de ser explicado pelos personagens, antes de aparecer. Por isso, mesmo depois dos executivos analisarem uma lista de outros episódios disponíveis, “The Man Trap” continuou a ser a melhor escolha.
Jornada nas Estrelas teve 80 episódios
Apesar do sucesso, “The Man Trap” foi recebido com uma negatividade bem significativa. Uma das maiores publicações comerciais de Hollywood escreveu palavras extremamente duras para a série, em 1966, e tinha pouca fé que Jornada nas Estrelas fosse decolar. Até o próprio Capitão Kirk, William Shatner, disse palavras nada gentis para o episódio em suas memórias, chamando-o de “um dos piores de todos os tempos”. Mesmo assim Jornada nas Estrelas desafiou as expectativas da crítica e durou 80 episódios, ao longo de três temporadas.
Teletransporte-me, Scotty!
Até hoje, o Teletransporte continua sendo uma das maiores contribuições de Jornada nas Estrelas para a cultura pop. Essa frase muito familiar: “Teletransporte-me, Scotty!”, transcendeu os limites da cultura pop, provando que a mistura de ideias inovadoras, com uma ótima narrativa, sempre leva ao sucesso.
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