Monk: como esse detetive obcecado enfrentaria uma pandemia?

Não é muito legal fazer troça de alguma deficiência ou doença, mas o seriado Monk o faz de maneira tão absolutamente respeitosa, colocando o herói como um portador de Transtorno de Déficit Obsessivo Compulsivo que resolve crimes com uma rapidez e uma precisão impressionantes.

A série está disponível no Prime da Amazon e é uma delícia de ser vista. Somos fãs de séries policiais e esta alia a investigação às situações absurdas em que o protagonista se coloca em função de suas várias neuroses: medo de altura, de germes, de leite, de multidão, tudo feito com maestria pelo ator Tony Schaloub.

Quando não estava tentando resolver algum homicídio, o grande detetive particular Adrian Monk passava a maior parte do tempo sozinho e geralmente limpando alguma coisa. Monk evitava abraços, apertos de mão e outras sutilezas sociais totalmente baseadas no contato físico. Quando ele era chamado para algum caso, precisava de uma cena de crime limpinha, silenciosa e com amplo espaço entre as pessoas, algo que quase nunca acontecia, antes que pudesse iniciar a sua investigação. Pensando nesse período em que exageramos na limpeza, por causa do Covid-19, tive uma curiosidade.

Será que Monk se sentiria mais confortável do que todos nós com as novas regras de distanciamento social, com as quais passamos meses convivendo durante essa pandemia global?

Ou Monk não gostaria de ver todos tão cautelosos e distantes quanto ele?

Só uma nova temporada poderia elucidar essa dúvida e seria interessante ver a interpretação de Tony nessa nova versão, digamos, pandêmica.

Aliás, a interpretação de Tony, que também assina a produção executiva, para o paranóico Monk é absolutamente impecável. Um ator irretocável. As peripécias chaplinianas são divertidíssimas e o controle e a consciência corporal do ator são absolutamente perfeitas.

A série foi planejada para ser apresentada semanalmente e foi ao ar entre 2002 e 2009. Naquela época, os seriados eram como pequenos filmes, feitos com os mesmos personagens, porque a cada episódio (ou dois, eventualmente) os casos eram solucionados e os assassinos presos. Sempre o crime é quase perfeito, sempre planejados, mas é difícil enganar um detetive com memória eidética e mania de limpeza.

Não há muita inovação no desenvolvimento dos roteiros, mas é delicioso ver hoje a evolução dos aparelhos de telefone celular, uma vez que os smartphones ainda não existiam.

Os personagens principais: Monk, a assistente Sharona Fleming, depois substituída por Natalie Teeger, o capitão Leland Stottlemeyer e o tenente Randy Disher também têm atuações excepcionais. Para quem gosta do gênero policial investigativo com poucos tiros e ainda é fã de uma boa comédia, Monk é uma série imperdível.

Artigo: Cristovam Freitas e Hugo Machado

Veja o Trailer da Oitava Temporada de Monk:

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