Escutei The Joshua Tree no antigo 3 em 1 da Gradiente, esse álbum fantástico que foi lançado em 1987 e eleito como o melhor dos Anos 80, pela Rolling Stone.
Foto do disco The Joshua Tree
Sabia que esse álbum seria um sucesso, desde que ele tocou a primeira vez na minha casa. Estava bem claro que algo grande estava no horizonte dessa Banda.
The Joshua Tree foi o quinto álbum do U2 e a banda, rapidamente, passa de teatros à estádios lotados. O álbum dispara para o 1º lugar na parada dos EUA e o mesmo acontece com os dois primeiros singles – “With Or Without You” e “I Still Haven’t Found What I’m Looking For “. Um pouco depois desse álbum, o U2 passa a ser a maior banda do mundo.
Isso acontece porque eles não perdem tempo e retornam, ao estúdio logo após a turnê mundial do disco The Unforgettable Fire. Os primeiros ensaios iniciam em 1986, em uma casa enorme na cidade natal da Banda, Dublin, com os produtores Daniel Lanois e Brian Eno. Ambos retornam após o disco The Unforgettable Fire e iniciam o álbum The Joshua Tree.
No entanto, como acontece no álbum anterior, The Joshua Tree também é inspirado pela obsessão da banda pela América. o U2 já estava cada vez mais familiarizada com os EUA, graças às suas longas turnês por todo o país. Além, é claro, do crescente interesse pela música americana de raiz. Entretanto, eles resolvem ir mais fundo desta vez, descobrindo espaços diferentes. O U2 captura as vastas paisagens da América na sua música, e o álbum até chega a ser chamado de The Two Americas.
Bono, The Edge, Larry Mullen Jr e Adam Clayton
Um detalhe importante, é que a famosa foto da capa não acontece no deserto da Califórnia, mesmo assim é um belo resumo do conteúdo do disco. Pois elsse álbum explora a relação da banda com os EUA. O registro da Árvore de Josué, que aparece no álbum, acontece no deserto de Mojave, a mais de 300 km de distância do parque. Outra imagem da capa, com os integrantes da banda, também foi clicada em um terceiro local: Zabriskie Point. Uma região fica no Parque Nacional do Vale da Morte, situado nos estados americanos da Califórnia e do Nevada,
Afeito à cerimônias, o U2 jamais se apresentou na região do Parque da Árvore de Josué e em nenhum deserto próximo à essa árvore de Mojave. Aliás, os fãs queriam que o U2 fosse uma das atrações do festival Coachella, que sempre foi realizado na região dos desertos da Califórnia, para comemorar os 30 anos desse álbum. No entanto, isso nunca ocorreu e o álbum já tem 35 anos. O mais próximo que os integrantes chegaram da árvore foi no US Festival, em Devore, em 1983, bem antes de The Joshua Tree existir.
Where the Streets Have No Name faz parte desse álbum
O U2 trabalha um ano nesse álbum, para finalmente lançá-lo, depois de algumas mudanças de local e reformulação de várias músicas. Por isso que The Joshua Tree leva o U2 a um nível totalmente novo. Temos desde a cintilante introdução da guitarra de Edge, em “Where the Streets Have No Name”, que abre o álbum, até o zumbido triste do encerramento, em “Mothers of the Disappeared”. Isso tudo permite que o disco seja um clássico natural, do jeito que eles planejaram.
Não havia dúvida de que The Joshua Tree seria grande, mas ele passou a ser extremamente gigantesco, pois dispara para o 1º lugar, em todo o mundo. Além disso, esse é um dos primeiros discos a lançar LP, CD e Cassete no mesmo dia. Os singles de sucesso se acumulam no ano seguinte, que também ganha o Grammy de Álbum do Ano. Com toda a certeza, essas músicas estão entre as melhores, na longa carreira do U2: “Where The Streets Have No Name”, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”, “With or Without You”, “Bullet the Blue Sly” e “In God’s Country”.
A turnê de divulgação desse disco tornou a Banda ainda maior e Bono se tornou um novo herói do rock. Além disso, o U2 sempre estave entre os artistas mais politicamente apaixonados e socialmente conscientes. Algo que acompanha toda a carreira da banda.
Como The Joshua Tree é um álbum sensacional, abaixo você tem um link para uma Edição Especial com Vários Discos e Livros sobre a banda.