Depois de ver os shows do Journey e Deep Purple, continuo achando que o Rock tem um impacto cultural e social inegável.
O Rock não está morto
A frase “o Rock morreu” é dita desde que o primeiro acorde de guitarra acabou com a caretice do mundo. Ontem o Rock in Rio resolveu honrar o seu nome e vimos Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Journey, Deep Purple e outras bandas no festival. O Journey tem integrantes com mais de 70 anos e o Deep Purple tem o vocalista Ian Gillan (79 anos), o baixista Roger Glover (78) e o baterista Ian Paice (76), mas continuam entregando tudo no palco. Li uma crítica sobre o show do Journey e acho um absurdo dizerem que a banda fez a pior apresentação do festival. Esses críticos não devem gostar de Rock, pois a única falha do show foi uma bandeira do Brasil com o escudo do Cruzeiro.
Essa alegação de que o Rock está morto é feita há décadas, apesar da existência contínua desse gênero ao longo da história. Os críticos simplesmente ignoram a imensa influência que esse ritmo tem na sociedade, até hoje. O Rock é uma energia, uma atitude, um espírito, algo que vai viver no coração e alma da humanidade para sempre. Nenhuma crítica pode apagar o poder dessa cultura na vida das pessoas, por isso o Rock encontra uma maneira de reinspirar, repensar e reinventar.
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Um ritmo sempre impactante
Essa cultura roqueira continua sendo um catalisador de mudanças sociais, uma voz para a rebelião juvenil e uma influência significativa na moda, na linguagem e no estilo de vida das pessoas, desde o princípio. Podemos ver isso ontem no Rock in Rio, pois 100 mil pessoas, de todas as idades, cantavam os refrões de verdadeiros hinos do passado. Desde Exagerado, que também esteve no Rock in Rio de 1985, até Don’t Stop Believin’ e Smoke on The Water, todas surgiram no século passado.
Também não podemos esquecer que esse ritmo alucinante sempre forneceu a trilha sonora para movimentos sociais significativos. Além, é claro, de sempre estar pronto pra desafiar o status quo do mundo. Por isso esse gênero ultrapassa os seus limites musicais e influencia outras formas de arte e entretenimento. O Rock ajudou a construir o cinema, televisão e literatura, de uma maneira que poucos gêneros musicais conseguiram.
Além disso, podemos dizer que o alcance desse ritmo promove um senso de comunidade entre os fãs, em qualquer parte do mundo que tenha um evento musical. Festivais e shows, como o que acontece no Rio de Janeiro, unem diversos grupos de pessoas que amam esse gênero rebelde e libertário.
Por isso o impacto cultural e social do Rock continua sendo um meio de expressão e uma fonte de inspiração para pessoas de todas as idades e nacionalidades. A indústria da música pode viver em constante transformação, mas o legado e a influência do Rock permanecerão vibrantes e continuarão a inspirar as novas gerações de artistas e fãs.