Não conheço ninguém que detesta o Garfield, pois é difícil não gostar de um gato que leva a vida com sarcasmo, odeia as segundas e ama lasanha.

Garfield está nos divertindo desde 1978

No tempo em que eu assinava o Jornal do Brasil e O Globo, as tirinhas do Garfield eram as minhas preferidas e acho que ela chegou a ser publicada nesses dois jornais. Durante a semana a tirinha era em preto e branco, mas nos finais de semana o jornal publicava uma história maior e colorida. Acho difícil alguém dizer que não gosta de um personagem que odeia as segundas, pois até aposentado detesta esse dia sem graça.

Outro detalhe que faz com que quase todo mundo ame esse gato pançudo, é que Garfield valoriza o nosso direito de não fazer absolutamente nada, comendo tudo que surge pela frente e, lógico, totalmente escarrapachado no sofá. Essa é a filosofia de vida do Garfield e algo que qualquer humano deseja, pelo menos 1 vez por mês.

Um gato com quase meio século de existência

Garfield mora com seu dono, Jon Arbuckle, mas frequentemente provoca Odie, um cachorro ingênuo. Em 19 de junho de 1978, Garfield e Jon fizeram sua estréia nos quadrinhos e, a partir dessa data, passaram a ter um enorme sucesso. Por causa disso, o personagem esteve em vários programas de televisão, filmes e, claro, toneladas e toneladas de mercadorias. Além disso, desde 2015, essa HQ possui um recorde mundial no Guinness, pois suas tirinhas foram publicadas em cerca de 2.580 jornais pelo mundo.

Todo o sarcasmo desse adorável gato

O cartunista Jim Davis é o gênio por trás das travessuras de Garfield, mas sua carreira inicial é como assistente da T.K. Ryan’s Tumbleweeds, uma editora que produzia quadrinhos com personagens do Velho Oeste. Como morava em uma fazenda com 25 gatos, Jim Davis resolve criar um gato com o nome e a personalidade do seu avô. Apesar de nunca ser mencionado, as HQs e tirinhas do Garfield acontecem em Muncie, Indiana, onde Davis cresceu.

Garfield é um personagem sensacional, pois ele existe para dizer que está do nosso lado. Vivemos em uma época em que nos sentimos culpados quando não nos exercitamos, ou quando dormimos e comemos demais, mas Garfield não sente nenhuma culpa por viver dessa maneira. Na verdade ele gosta muito de tudo isso e não se desculpa por nada, algo que seu leitor almeja, mas não tem coragem de viver a vida com esse sarcasmo felino.

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