Se tem um personagem dos quadrinhos que merece um filme ou uma série, esse personagem é o Espectro. Ele apareceu pela primeira vez na revista More Fun Comics #52, em fevereiro de 1940 e foi criado por Jerry Siegel e Bernard Baily. Em sua história de origem, o Espectro era Jim Corrigan, um detetive da polícia assassinado por criminosos. Na sua vida após a morte, ele condenou a injustiça do seu assassinato e uma voz invisível, mais tarde interpretada como sendo de Deus, concedeu o seu desejo de voltar à vida, mas com poderes sobrenaturais que ele logo usou para matar os seus assassinos.

Por causa de sua aparência física e os seus poderes, Espectro era o típico vingador sobrenatural. No entanto, na época que ele foi criado, os super-heróis estavam ficando na moda, então ele logo foi adicionado à lista da Sociedade de Justiça da América e tratado como qualquer outro super-herói, ele até agia e falava como os outros seres poderosos do grupo. Ele também se viu facilmente derrotado, apesar de sua natureza inanimada e dos seus incríveis poderes, apenas para que os outros membros do grupo pudessem ter a chance de salvar o mundo. Quanto a Corrigan, ele rompeu o seu noivado com Clarice Winston, já que não era mais um ser humano vivo, mas por outro lado, ele apenas continuou com sua vida normal, como se nada tivesse acontecido, pois o seu assassinato nunca foi descoberto.
A relação entre Corrigan e o Espectro variou ao longo dos anos e eles chegaram, na verdade, a ser personagens separados, com Espectro apenas usando o corpo de Corrigan para descansar quando ele precisava, para grande desgosto do último.

O Espectro chegou a ter a sua própria série em More Fun Comics até a edição #101, em janeiro e fevereiro de 1945. O personagem foi regularmente apresentado na Sociedade da Justiça em All-Star Comics #3-23 de 1940 até 1944. O Espectro foi então abandonado pelos vinte anos seguintes e revivido na Showcase #60-61 de janeiro à abril de 1966. Ele também apareceu na edição #64, antes de ganhar a sua própria revista. A HQ Spectre vol. 1 durou 10 edições, de dezembro de 1967 à junho de 1969. Na década de 1970, o personagem Espectro foi totalmente reformulado e levado de volta às suas raízes originais do horror: ele rastreia assassinos e, em seguida, os executa de algumas maneiras bem distorcidas, como transformá-los em madeira, para em seguida cortá-los com uma serra circular.
O Espectro acabou ficando cada vez mais poderoso, conforme vimos em sua luta contra Shathan, um substituto de Satanás, onde eles se acertaram com planetas inteiros. Por causa disso o Spectro acabou sendo reconhecido como um dos seres mais poderosos do Universo DC, até mais do que o Super-Homem. Os únicos seres mais fortes do que ele eram O Vingador Fantasma, dependendo muito do Escritor e o próprio Deus. Isso o limitava a fazer aparições apenas quando o universo era ameaçado por grandes perigos sobrenaturais e geralmente apenas o tempo suficiente para consertar algum problema e depois partir.

Em Pós-crise o Espectro foi reinventado como a verdadeira personificação da Ira de Deus. Ele tinha sua própria série novamente, que explorava as razões de sua existência. Por fim, foi revelado que o Espectro era na verdade um anjo caído, perdoado por Deus ao ser transformado em seu vingador pessoal e não apenas parte da alma de Corrigan. Na verdade, Corrigan já estava cansado de viver e se separou voluntariamente do Espectro, indo finalmente para o céu.
Isso deixou o Espectro sem um hospedeiro e ele acabou ficando imprudente, então o personagem resolveu se unir ao falecido Hal Jordan, que tentou destorcer a missão do Espectro, trocando sua vingança para uma redenção. Isso foi desfeito mais tarde, com a ressurreição de Jordan.
Novamente deixado sem um hospedeiro, o Espectro foi enganado por Eclipso, que ironicamente já foi um Vingador de Deus também, para matar a maioria dos usuários de magia do Universo DC, já que ele o convenceu de que toda magia vai contra a vontade de Deus. Na verdade isso acabou por ser parte de uma roleta maior, que tinha o intuito de recriar o Multiverso DC, como visto em Crise Infinita. Ele foi interrompido apenas por ser ligado a Crispus Allen, outro policial recentemente assassinado. A DC chegou a provocar o público, fazendo com que o seu assassino também se chamasse Jim Corrigan.
Após a reinicialização da Crise Infinita, o Jim Corrigan original está de volta como o Espectro, embora em circunstâncias diferentes desta vez, amarrando-se à versão também reiniciada do Vingador Fantasma.
O Espectro chegou a ter um curta de animação de 12″, como bônus no DVD Justice League: Crisis on Two Earths. Um pré-Espectro de Jim Corrigan apareceu em Constantine, com uma visão rápida indicando o seu futuro sombrio. Espectro também fez duas aparições na série de desenhos animados Batman: The Brave and the Bold, primeiro no episódio Chill of the Night!, onde ele tenta seduzir o Batman para realizar a vingança final contra Joe Chill, enquanto o Vingador Fantasma tenta manter Batman no caminho da justiça e também na abertura do episódio Gorillas in our Midst!, onde o Espectro entrega uma Morte Kármica ao Professor Milo.

Jim Corrigan e o Espectro também fizeram sua estréia em live action no Arrowverse, durante o crossover Crise nas Infinitas Terras, com o primeiro sendo interpretado por Stephen Lobo. Em vez de mostrar Corrigan como o Espectro, o manto passa para Oliver Queen, recentemente falecido, para ajudar na luta contra o Anti-Monitor.
O Espectro é com certeza um personagem que tem esse perfil muito diferenciado e que combinaria muito bem com um filme mais sério, ou até mesmo com uma série mais longa e bem detalhada. Um bom diretor e um grande roteirista conseguiriam captar toda a essência sobrenatural do Espectro.
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