Mulher-Maravilha

As primeiras Super-Heroínas dos quadrinhos


As super-heroínas dos quadrinhos não demoraram muito para aparecer nas páginas das revistas, mas nenhuma dessas personagens foi criada por uma escritora ou desenhista do sexo feminino.

A Força das Super-Heroínas nos quadrinhos

Uma pesquisa revelou quantas mulheres e homens trabalharam atualmente nos títulos mensais publicados pela Marvel Comics e DC Comics. O resultado geral dessa pesquisa mostrou que 9,5% das pessoas que trabalharam nos títulos da DC, nos últimos anos, eram mulheres e 90,5% eram homens. Enquanto 9,8% das pessoas que trabalharam nos títulos da Marvel eram mulheres e 90,2% eram homens. Apesar das Super-Heroínas já fazerem sucesso nos quadrinhos, as mulheres ainda lutam por espaço.

Na Comic-Con de San Diego, em 2011, uma mulher vestida como Batgirl, questionou criadores e editores da DC Comics sobre o desequilíbrio de gênero na empresa. A mulher, conhecida como Kyrax2, esperou na fila dos painéis e fez perguntas sobre quais criadores e personagens seriam apresentados. Kyrax2 comentou sobre o desequilíbrio de gênero nesse material que viu.

Kyrax2 notou que a composição de cada painel, que ela havia comparecido na convenção, era predominantemente masculina. Durante o período de perguntas, ela questionou se eles estavam comprometidos em contratar mais mulheres. A resposta que ela recebeu de Dan Didio, foi que ele estava comprometido em contratar os melhores escritores e artistas. No entanto, ela fez outra pergunta: “Você está dizendo que não consegue encontrar grandes escritoras ou artistas?” Depois dessa pergunta a reação do público foi furiosa.

A dieversidade nos quadrinhos

As pessoas gritaram para ela sentar e gritaram o nome de Gail Simone (Escritora de Aves de Rapina) repetidamente. Kyrax2 disse: “Sim, conheci Gail Simone ontem. Gosto muito dela. Mas participei de todos esses outros painéis e, com exceção dela e de uma editora, todos eram homens.”
Um artigo de autoria anônima, escrito em dezembro de 2013 no site The Comics Journal, compartilhou uma carta de assédio que uma escritora recebeu, só porque escrevia para os quadrinhos. Apesar desse preconceito perpétuo, as super-heroínas ampliam seu destaque nas HQs e agora conquistam ainda mais espaço. Isso mesmo, várias personagens femininas estão vestindo o uniforme de famosos super-heróis dos quadrinhos. Ou seja, as super-heroínas já são uma realidade.

Quanto ao mercado editorial de quadrinhos, aos poucos ele vai abrindo espaço para mulheres e não binários mostrarem suas histórias. Essa luta é crescente e iniciou quando a primeira super-heroína apareceu nas páginas de uma revista em quadrinhos.

Conheça as Primeira Super-Heroínas dos Quadrinhos:

Fantomah

Antes de 1940, não havia super-heróis do sexo feminino. As mulheres nos quadrinhos eram quase sempre designadas para dois papéis distintos: um interesse romântico ou um personagem coadjuvante. Isso não quer dizer que todas as personagens femininas, antes dos anos 40, eram ruins só que, na maioria das vezes, elas não desempenhavam um papel importante, pois não eram super-heroínas.

Então, na HQ Jungle Comics #2, uma das primeiras super-heroínas fez a sua estreia nos quadrinhos. Fantomah, A Mulher Misteriosa da Selva, usava seus poderes sobrenaturais para punir aqueles que ameaçassem a selva ou os seus habitantes. Uma bela jovem transformava-se em um horrível monstro de caveira azul. Fantomah era um símbolo de terror e justiça, mas algumas de suas outras características não foram tão bem definidas, quanto outros heróis da época .

Mas a influência que Fantomah teve na indústria dos quadrinhos, não pode ser subestimada. Ela é, em muitos aspectos, o modelo a partir do qual todas as super-heroínas modernas se inspiraram. Portanto, é fácil presumir que os quadrinhos simplesmente não seriam os mesmos sem essa influência. O nome Fantomah pode não ser tão reconhecível em 2021, mas não há como negar que, há 81 anos, o artista Fletcher Hanks e sua Mulher Misteriosa da Selva, mudaram a indústria dos quadrinhos para sempre.

Sheena, Rainha da Selva

No final dos anos 1930 e 40, aparentemente todo mundo estava lutando pela selva ou vivia nela e essa tendência originou outra heroína dos quadrinhos.

Sheena, a Rainha da Selva fez sua estreia nas páginas da Wags #1 ,em 1937 e acabou recebendo sua própria revista alguns anos depois. Na verdade, Sheena foi a primeira protagonista feminina a receber sua própria revista dedicada na história dos quadrinhos. Portanto, isso aconteceu antes mesmo da estreia da Mulher-Maravilha, lançada três anos depois.

Em termos de poderes e habilidades, Sheena foi bem inovadora para a sua época mas, provavelmente, não causariam nenhuma surpresa hoje em dia. A Rainha da Selva não era apenas uma especialista em combate e manuseio de armas, mas também era capaz de falar com animais. Ela usava essas habilidades para se defender e também proteger os habitantes da selva de todos os tipos de caçadores e outros vilões e, por isso, pode ser considerada uma super-heroína. Ela pode não ser tecnicamente considerada uma super-heroína, mas isso não a impediu de se tornar extremamente popular naquela época.

Sheena é, em muitos aspectos, uma relíquia de seu tempo e hoje os leitores parecem não se importar mais com histórias na selva. Mas, com certeza, sua série inspirou muitos heróis semelhantes e até abriu caminho para outras personagens femininas mais proeminentes nos quadrinhos.

The Blonde Phantom

Na década de 1940 os quadrinhos de super-heróis estavam começando a perder sua popularidade. Pode ser difícil de acreditar, especialmente considerando o quão populares os super-heróis são hoje em dia. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, os leitores simplesmente não estavam mais interessados ​​nas histórias tradicionais de super-heróis. Por isso os editores de quadrinhos começaram a procurar uma maneira de ampliar suas vendas cada vez menores e muitos se voltaram para novos gêneros, como o faroeste, mas algumas empresas se concentraram em novos dados demográficos.

Afinal, os meninos sempre foram o principal alvo demográfico dos quadrinhos de super-heróis, mas as meninas eram, até então, um mercado relativamente inexplorado pelas editoras. Ou seja, super-heroínas precisam surgir nas HQs.

Primeira HQ direcionada para o público feminino

The Blonde Phantom foi uma das principais tentativas da Timely Comics de criar uma história em quadrinhos voltada diretamente para as leitoras mais jovens. Estreando pela primeira vez nas páginas de All Select Comics #11 em 1946, Blonde Phantom usava uma máscara de dominó preta, um vestido de festa vermelho e uma pistola calibre 45.

As histórias podem não parecer tão progressivas para os padrões de hoje, mas The Blonde Phantom deu um grande passo. Essa HQ mostrou que personagens femininas poderiam liderar suas próprias séries, mesmo não fazendo parte do clube da super-heroínas.

Surpreendentemente, Blonde Phantom ainda apareceu nas histórias da Marvel e a última vez foi na HQ She-Hulk, durante os anos 90. Sua carreira na luta contra o crime pode ter chegado ao fim, mas isso não impediu que Blonde Phantom permanecesse relevante, mais de quarenta anos após sua estreia inicial. Leia a HQ Blonde Phanton.

Golden Girl

Os ajudantes de super-heróis existem desde os primórdios dos quadrinhos. Batman tinha Robin, Capitão América tinha Bucky, Superman tinha um exército inteiro de crianças e animais superpoderosos. Ou seja, parecia que todo super-herói tinha que ter uma versão mais jovem de si mesmo, correndo e lutando ao seu lado.

Golden Girl se destaca no meio desses ajudante, por ser uma garota. Isso pode não parecer tão relevante hoje em dia, mas nos anos 40, a personagem Golden Girl realmente se destacava. Felizmente, os escritores da Marvel Comics garantiram que Golden Girl nunca se tornasse uma simples donzela em perigo. Betsy Ross era uma personagem bem desenvolvida para a época e estava mais do que feliz, enfrentando os poderes do eixo do mal. Isso ao lado de seus colegas homens, como o Capitão América, durante a Segunda Guerra Mundial.

No final dos anos 70, a Marvel apresentou uma super-heroína chamada Golden Girl, Gwenny Lou Sabuki, nos quadrinhos. Infelizmente, essa segunda Golden Girl nunca foi tão popular quanto a personagem anterior e suas histórias foram limitadas a algumas aparições selecionadas.

Mesmo assim, a versão Golden Age de Golden Girl ainda merece um pouco de crédito: Betsy Ross foi a prova de que as meninas também podiam chutar a bunda de vários vilões.

Namora

Assim como aconteceu com vários outros personagens da época, Namora começou sua carreira como a versão de gênero de um personagem já estabelecido, Namor – o Príncipe Submarino. Ela apareceu principalmente nas histórias em quadrinhos de outros personagens e foi tipicamente relegada a um papel coadjuvante. Exceto quando teve sua própria série, onde a personagem era protagonista.

O que faz Namora se destacar de outros heróis semelhantes, é ela ter os mesmos poderes dos seus colegas do sexo masculino. Repetidamente, os quadrinhos mostraram que Namora tem o mesmo poder que o seu primo Namor. Mesmo quando a personagem estreou, em 1947, na HQ Marvel Mistery Comics #82. Estava claro que Namora não era simplesmente uma versão feminina e mais fraca de um herói, pois a Marvel Comics fez questão de destacar que Namor e Namora eram 100% iguais.

Infelizmente, a presença de Namora nas revistas da Marvel diminuiu muito, pois o personagem Namor caiu no esquecimento. Ainda bem que Namora apareceu no filme Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, junto com Namor e agora deve surgir nos quadrinhos e filmes da Marvel, que está valorizando as super-heroínas.

Vênus

A Marvel conhece bem a mitologia antiga e sempre criou histórias baseada nela. Namora fazia parte da cidade perdida de Atlântida, mas isso é apenas um exemplo. Pois parece que quase todas as divindades e semideuses gregos entraram nas páginas de uma HQ da Marvel.

Vênus, apesar de ter sido nomeada em homenagem à sua contraparte romana, não foi exceção. Embora a personagem tenha surgido como uma sereia, meramente posando como a deusa do amor e da beleza. Vênus estreou como parte do panteão grego tradicional, nas primeiras histórias dessa personagem. A HQ Venus iniciou com histórias leves mas, já no final da revista, as histórias retratadas foram se tornando muito mais sombrias e maduras.

Vênus passa a ser Afrodite

Após o cancelamento da revista, Vênus não apareceu novamente por quase duas décadas. Até que a deusa disfarçada voltou como parte da série contínua de Namor, onde foi transformada em uma manipuladora. No entanto, Vênus virou um estranho personagem híbrido e foi vítima nas histórias seguintes de Namor.

Quando a Vênus original foi revelada como sendo uma das monstruosas sereias, o conceito genuíno reapareceu. Embora esta versão de Vênus fosse conhecida apenas como Afrodite, ela foi uma das primeiras super-heroínas. Mas esta personagem era muito mais interessante do que a original, chegando até a condenar a falsa Vênus por seus crimes. Mesmo que a Marvel nunca tenha estabelecido que Afrodite fosse realmente uma supervilã. Pelo jeito a Marvel conseguiu dar à mesma personagem duas personalidades totalmente diferentes.

Black Fury

Uma super-heroína que vestia um uniforme preto e que tinha até orelhas, combatia o crime com o seu chicote e artes marciais. Não, não é a Mulher-Gato, é a Black Fury!

Piadas à parte, é fácil ver com quem Black Fury, também conhecida como Miss Fury, realmente parece. Estreando como uma tirinha de domingo, em 1941, Black Fury estabeleceu a base para super-heroínas suaves e astutas. Ela tinha um uniforme justo, aparelhos tecnológicos sofisticados e algum treinamento em artes marciais. Claro que a Mulher-Gato é a comparação mais fácil de fazer, mas existem dezenas de heróinas diferentes, que devem seu estilo e guarda-roupa à Black Fury.

Como a maioria dos outros heróis de quadrinhos da época, Black Fury é apenas uma das várias abordagens diferentes da personagem. Ela teve cinco editoras diferentes, lançando suas próprias versões de Black/Miss Fury. Até mesmo a personagem original, criada pelo artista Tarpé Mills, apareceu na Malibu Comics ao longo dos anos 90.

É verdade que a HQ Black Fury é um exemplo de como uma personagem inovadora pode ser ofuscada por seus imitadores. No entanto, isso não muda o fato de que a super-heroína de Mills, que ataca o nazismo e combate o crime, estabeleceu um padrão para muitas heróinas modernas.

Sun Girl

Na Segunda Guerra Mundial os quadrinhos de super-heróis cruzavam regularmente com histórias de espionagem. Quando o Capitão América não estava socando Hitler na mandíbula, não era tão incomum encontrá-lo se esgueirando para entrar em um reduto nazista, ou lidando com agentes duplos.

Claro, a maioria das pessoas pensaria na Viúva Negra quando se trata de espiões da Marvel Comics, mas Natasha Romanova não foi a primeira espiã da Editora.

Sun Girl, também conhecida como Mary Mitchell, era uma heroína muito mais realista do que as suas contemporâneas. Embora ela regularmente se encontrasse lutando ao lado de heróis como o Tocha Humana, o original e não a encarnação do Quarteto Fantástico, e o Capitão América, suas habilidades eram notavelmente reservadas. As histórias mostravam que ela estava no auge da sua condição física, mas não havia nada de sobrenatural em suas habilidades .

A Sun Girl original pode ter sido uma espiã, mas uma nova versão da personagem, uma jovem chamada Selah Burke, fez sua estreia em 2013. Esta versão da personagem, com suas armas movidas a luz e traje de vôo, está muito longe das aventuras com tema de espionagem da personagem original, mas são bem divertidas de ler.

Millie, The Model

O humor sempre teve um papel importante nos quadrinhos, pois sempre precisa haver algum tipo de leviandade. Afinal, ninguém quer ler uma HQ que mostre apenas desgraça e tristeza. Dito isso, os títulos que se baseiam exclusivamente em histórias de humor são normalmente poucos e distantes entre si. Exceto pela imortal série Archie, poucos títulos de humor fizeram sucesso na cultura pop e poucos deixaram algum legado duradouro.

a HQ Millie the Model é diferente, pois a série não só se tornou uma das HQs de humor de maior sucesso já publicada pela Marvel Comics, como permaneceu nas prateleiras das lojas por quase três décadas. É isso mesmo! A primeira edição foi publicada em 1945 e a história final da série foi lançada em 1973. Mesmo com os super-heróis de quadrinhos tendo dificuldade em fazer sucesso por um período, essa HQ de humor, liderada por mulheres, continuou vendendo por 28 anos, simplesmente algo fantástico. Além disso, a série central Millie the Model acabou se dividindo em vários spin-offs ao longo dos anos.

Quanto aos quadrinhos em si, Millie the Model abordou uma série de histórias e gêneros diferentes ao longo de seus quase 30 anos de duração. O conteúdo era tipicamente divertido e inofensivo e mostrava histórias estritamente humorísticas e de aventura. Essa HQ não era necessariamente revolucionária, mas a Marvel estava claramente fazendo algo diferente e, não por acaso, a série durou tanto tempo.

Phantom Lady

Muitos consideram a Mulher-Maravilha a primeira e verdadeira super-heroína dos quadrinhos mas, na realidade, Diana Prince não foi a primeira personagem superpoderosa a aparecer nos jornaleiros. Isso porque Phantom Lady apareceu na HQ Police Comis #1, publicada pela Quality Comics, em agosto de 1941. Essa personagem é amplamente conhecida como a primeira uma das primeiras super-heroínas de sucesso nos quadrinhos.

As histórias mostravam Sandra Knight, filha rica de um senador dos EUA, seguindo suas aventuras como uma combatente do crime fantasiada. Com o seu projetor de luz negra especialmente desenvolvido, Phantom Lady era capaz de deixar seus inimigos cegos e ela mesma invisível. Além disso, a personagem também tem um carro equipado com dispositivos semelhantes, utilizado em várias aventuras.

Sandra Knight foi apenas a primeira de muitas encarnações e houve várias heroínas que adotaram o nome Phantom Lady, nessa longa história da DC Comics. À medida que os direitos da personagem saltavam de editor para editor, várias interpretações diferentes dessa super-heroína apareciam e desapareciam.

Hoje em dia, o manto da Phantom Lady pertence a Jennifer Knight, uma órfã que se tornou vigilante para caçar quem matou os seus pais. Esse território é muito familiar para a DC, especialmente quando você leva em consideração o controle que Knight tem sobre as sombras e a escuridão. Isso é quase como se ela fosse um certo cruzado de capa, com temática de morcego.

Canário Negro

Qualquer pessoa que assistiu à recente série Arrow, da Warner, saberá exatamente quem é a Canário Negro. Durante anos, ela esteve intimamente associada ao Arqueiro Verde e Oliver Queen mas, como acontece com muitas heroínas de quadrinhos, a história dessa personagem é um pouco mais complicada do que podemos imaginar.

Canário Negro teve sua estreia nas páginas da revista Flash Comics #86. Pode parecer estranho pensar que ela não é uma das confidentes de confiança do Arqueiro Verde, mas Dinah Drake Lance apareceu pela primeira vez ao lado do infame e impopular herói Johnny Thunder. Na verdade, apenas anos mais tarde Canário Negro se uniu pela primeira vez com Oliver Queen.

A personagem Canário Negro evoluiu ao longo dos anos

Os relacionamentos da Canário Negro ficam ainda mais confusos quando levamos em consideração as inúmeras reinicializações de continuidade da DC Comics. Quando os múltiplos universos da empresa foram reiniciados nos anos 80, a Canário Negro foi dividida em duas pessoas distintas. Ou seja, na dupla mãe e filha de Dinah Drake Lance e em Dinah Laurel Lance, o que não é nada confuso. Então, quando o evento Flashpoint redefiniu a continuidade da DC mais uma vez, Canário Negro era outra vez uma super-heroína singular.

Deixando a história complicada de lado, Canário Negro sempre fez um trabalho fantástico, mostrando o que a DC pode realizar com as suas heroínas. Por décadas, a Canário Negro tem sido um dos personagens mais fortes da editora, independentemente do seu gênero e esperamos que isso não mude tão cedo.

Susan Storm, a Mulher Invisível

O Quarteto Fantástico é a primeira família perfeita da Marvel, então faz muito sentido que Susan Storm fosse a primeira super personagem feminina da editora.

Agora, com tantas empresas de quadrinhos e diferentes fusões ocorrendo ao longo dos anos 60, pode ser difícil definir o limite de como um personagem pertence à uma determinada editora. Outros personagens desta lista pertencem tecnicamente à Marvel, mas apenas porque seu editor original foi contratado ou absorvido por ela. A Marvel Comics, como os fãs a conhecem hoje, começou em 1961 e deu o pontapé inicial com uma pequena HQ conhecida como O Quarteto Fantástico (The Fantastic Four), que sozinho inaugurou a Era de Prata dos Quadrinhos.

A ascensão da Garota Invisível

Durante suas primeiras aventuras, no entanto, Sue Storm, apelidada de Garota Invisível, desempenhou apenas um papel de coadjuvante. Ela era uma heroína capaz, isso é certo, mas esta era uma época dominada por super-heróis masculinos, que tinham uma força incomparável, o que significa que a Garota Invisível era do time das super-heroínas, mas estava em muita desvantagem desde o início.

Felizmente, as coisas definitivamente melhoraram com o passar dos anos e Susan Storm desempenhou um papel cada vez maior na dinâmica da família do Quarteto Fantástico e no Universo Marvel, como um todo. Portanto, como muitas outras heroínas da Marvel, eventualmente cresceu e se tornou uma personagem que os leitores conhecem e gostam muito hoje.

Jean Grey

Para os fãs de X-Men, Jean Grey sempre será conhecida como a trágica Super-Heroína da incrivelmente poderosa Força Fênix. Mas, por um longo tempo, Jean Grey foi uma personagem feminina muito mais tradicional do que se poderia esperar.

Jean Grey, também conhecida como a Garota Marvel nos anos 60, foi uma das primeira super-heroínas, aparecendo nas HQs dos X-Men. Todos os seus poderes clássicos, como telepatia e telecinesia, estavam lá desde o início, mas seu papel no grupo era muito diferente. Nas primeiras revistas da série, Jean Grey era mais um interesse romântico, do que qualquer outra coisa, e namorada de Scott Summers. Muitas histórias basicamente relegavam Jean Grey a uma personagem secundária, ao invés de um membro totalmente desenvolvido do grupo X-Men.

A Saga Phoenix

Foi quase uma década depois que Jean Grey finalmente assumiu o papel de protagonista nos quadrinhos da equipe. A Saga Fênix mudou completamente o status quo dos X-Men e Jean não era mais o membro fraco da equipe, passando a ser um dos maiores e mais poderosos vilões do Universo Marvel de todos os tempos.

A Saga Fênix foi mais do que apenas um renascimento da personagem de Jean Grey, ela também marcou uma virada no perfil das heroínas da Marvel. Para ser justo, as coisas não eram e ainda não são perfeitas, mas foi durante a Saga Fênix que a editora começou a fazer grandes avanços na criação de personagens femininas, deixando-as mais relacionáveis, interessantes e bem desenvolvidas.

Mulher-Maravilha

Se existe alguma personagem que foi responsável por popularizar as super-heróinas nos quadrinhos, com certeza foi a Mulher-Maravilha.

Diana Prince é simplesmente icônica. Nos últimos 70 anos, a Mulher-Maravilha provou que uma super-heroína pode ser tão popular, se não mais, do que os seus colegas homens. Aparecendo pela primeira vez em 1941, na HQ Wonder Woman #1, a Mulher Maravilha rapidamente se tornou uma das maiores heroínas da DC Comics e a Amazona sempre aparecia ao lado de Batman e Super-Homem.

O que é ainda mais impressionante, é ver como as histórias da Mulher-Maravilha chegaram tão longe. Para ser perfeitamente justo, ler algumas das histórias mais antigas da heroína pode ser difícil, pois os quadrinhos escritos na década de 1940 não eram exatamente progressivos. Nas últimas décadas, no entanto, a Mulher-Maravilha se tornou um símbolo do empoderamento feminino e igualdade. Por repetidas vezes, a DC provou que uma série de quadrinhos, liderada por mulheres, pode competir e até superar as histórias de super-heróis masculinos.

Linda Carter foi uma Mulher-Maravilha icônica

E, como se isso não bastasse, a Mulher-Maravilha foi uma das primeiras heroínas dos quadrinhos a entrar na cultura pop mundial. Claro, o programa de TV com Adam West, Batman, era bobo, mas a interpretação de Lynda Carter como a Mulher-Maravilha ainda é considerada uma das melhores. Além disso, muitos fãs da DC consideram o filme Mulher-Maravilha 1984, como um dos projetos mais interessantes do Universo DC.

É verdade que a Mulher-Maravilha tem suas deficiências e está longe de ser uma personagem perfeita, mas isso é fácil de ignorar quando percebemos que a personagem ajudou a revolucionar todo o Universo das HQs, aparentemente da noite para o dia.

Miss América

A Miss América original foi, em muitos aspectos, a quintessência das super-heroínas da Segunda Guerra Mundial. Ela lutou ao lado de heróis como o Capitão América e Bucky, lutou contra os Poderes do Eixo do Mal e de alguma forma usava uma saia enquanto lutava contra o crime. No entanto, seu tempo sob os holofotes foi relativamente curto, em comparação com a maioria dos outros heróis, e o interesse pela personagem terminou depois de apenas cinco anos na prateleira dos jornaleiros da esquina. As coisas não melhoraram com o passar dos anos, já que a Miss América original acabou morrendo devido ao envenenamento por radiação durante seu parto e foi transformada em uma marionete ciborgue bem estúpida.

A Miss América que a maioria dos fãs de quadrinhos modernos reconhecem é America Chavez, uma jovem latina LGBTQ que estreou em 2011. Desde então, Chávez tornou-se uma das personagens femininas mais populares da Marvel e é citada por muitos como um forte exemplo dos esforços da editora para criar personagens mais inclusivos e diversificados, ao longo dos últimos anos.

América Chavez, uma das mais novas super-heroínas dos quadrinhos

É muito fácil ver por que tantas pessoas são atraídas por essa nova versão da Miss América. Pois enquanto muitas super-heroínas clássicas são personagens fortes, poucas são consistentemente retratadas como pessoas normais. Chávez é uma super-heróina, com certeza, mas está claro que os escritores da Marvel também queriam que ela parecesse uma pessoa real, com problemas de pessoas normais, algo que tornou famoso alguns personagens como o Homem-Aranha, ao invés de parecer os quase onipotentes semideuses que dominam a formação da DC Comics.

No mínimo, Miss América é um exemplo fantástico de quão longe as protagonistas femininas dos quadrinhos chegaram nos últimos 81 anos, desde a aparição da primeira personagem super poderosa. Não se trata apenas de garantir que haja uma série projetada especificamente para meninas, mas de criar personagens que todos possam ler, apreciar e se identificar. Sejam eles masculinos, femininos ou binários.

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