Doutor Sono une livro de Stephen King com icônico filme de Stanley Kubrick


Doutor Sono é uma adaptação do livro de Stephen King e não é segredo que ele é uma espécie de volume 2 do filme O Iluminado.

Dr. Sono

Dan e o seu velocípede pelos corredores do Overlook

O filme mostra a vida de Dan Torrance depois de adulto, sobrevivendo aos traumas causados pelo pai, no Overlook Hotel. No entanto, preciso lembrar que King não tinha gostado do filme de Stanley Kubrick. Já ouvi falar sobre isso, só não vou pesquisar, mas me lembro dele ter dito que o romance termina com fogo e o filme termina com gelo. Fãs de filmes de terror, como eu, amam esse título. A loucura de Jack Torrance, certamente contaminado pelos fantasmas do velho Overlook, fechado durante o rigoroso inverno das montanhas do Colorado, foi brilhantemente criada e traduzida pelo xará Jack Nicholson. A antológica cena do sangue jorrando dos elevadores, a cara de Jack através de uma porta quebrada por machadadas, as gêmeas no corredor e o topiário labiríntico congelado, tudo isso é muito marcante, sem falar da simetria obsessiva do diretor.

Kubrick, tirando essa parte final, dá uma ótima interpretação cinematográfica ao romance. Eu realmente não entendo porque King não ficou satisfeito, no entanto isso são águas passadas.

Doutor Sono é uma continuação de O Iluminado

O romance Dr. Sono, lançado em 2013, é uma excelente continuação do romance O Iluminado. Dan, o menininho que corria de velocípede nos aposentos do Overlook cresceu. Sua mãe faleceu e ele se afundou nas drogas e no alcoolismo. A história, portanto, começa com ele dando um golpe numa moça, também drogada. Ela morre de overdose, depois de uma noitada e Dan deixa o filho dela, um garotinho, chorando. Dan pega um ônibus, meio sem destino, e vai parar numa cidadezinha onde um asilo precisa de auxiliar de limpeza e manutenção para o período noturno. Ele conhece uns amigos, entra para o AA e vive sua vida normalmente. Perto dali, a menina Abra apresenta fortes sinais de paranormalidade. A mesma iluminação, que também perseguia Dan quando criança e que ele tentou fugir, se afundando nas drogas.

No romance, descobrimos que a avó de Abra havia tido um caso com Jack Torrance na juventude e, além disso, que a mãe de Abra é irmã de Dan. No entanto, na adaptação cinematográfica, isso passa batido. Outra coisa que a adaptação ignora do romance é a estratégia para matar a vilã do filme.

No livro, Dan, trabalhando no tal asilo, descobre quando o idoso internado vai falecer e o acompanha na passagem para o outro lado. A névoa que sai do humano é percebida por Dan. Em casos saudáveis, é branca, mas quando o falecimento é por doença grave, essa névoa é vermelha, ou escura. Isso é importante no romance porque a avó de Abra tem um câncer muito avançado e, no momento da morte dela, Dan absorve essa névoa, como forma de destruir os monstros que assombram as cidades, matando gente para sorver essa névoa.

Rebecca Ferguson interpreta Rose Cartola

Eu não sei se King gostou do roteiro de Mike Flanagan para as telas, mas é uma mudança gigantesca. Pois é outra história completamente diferente, levemente adaptada, baseada apenas no livro de King.

Já revi o filme, por falta do que ver na TV e tive outra interpretação. Da primeira vez, por ter recém lido o livro, eu achei péssimo, porque fiquei esperando cenas importantes. Portanto, esperava personagens chave para o desenvolvimento da história, que foram sumamente ignorados pelo roteirista/diretor.

Da segunda vez que assisti, já sabendo que a história é bem diferente, me deixei levar e acabei gostando do filme. Para os fãs do gênero, é uma excelente diversão. Ewan McGregor brilha sozinho, e o estilão do filme lembra outras adaptações mais antigas, como The Dark Half e Dolores Clayborne, apenas atualizadas pela tecnologia. Ou seja, o filme é uma excelente diversão para uma noite sem muitas opções.

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