Clássicos do terror para assistirmos na Sexta-feira 13



Hoje é Sexta-feira 13, dia de dar um play em filmes de terror, por isso o MobDica criou essa lista com clássicos assustadores do cinema.

Clássicos do Terror

Drácula, Lobisomem e Frankenstein são clássicos do terror

A casa da minha infância tinha portas de madeira, com fechaduras gigantescas e janelas com frestas, que faziam o vento assobiar assustadoramente. Nessa casa eu assisti aos primeiros filmes de terror da minha vida e, na hora de dormir, até escutava a Tereza Bicuda (pesquisem) gritando pelas ruas da cidade. Lógico que ainda não existia nenhum serviço de streaming, nem videolocadora e ,portanto, assistíamos aos filmes na hora que eles passavam na TV. Só que os filmes de terror iniciavam poucas horas antes do canal de TV sair do ar, ou seja, depois da meia-noite.

Esses filmes marcaram minha vida e abaixo eu falo sobre alguns deles, junto com outros que também já assisti e recomendo para essa sexta-feira 13.

Sexta-Feira 13

Vou iniciar com a obra fundadora do subgênero slasher e, surpreendentemente, um filme ainda bastante empolgante. Você não pode assistir filmes de terror, sem assistir ao primeiro Sexta-Feira 13, isso é um sacrilégio e gera muitos anos de azar. Portanto, procure o original desta série de filmes de terror, de 1980, que tem até um jovem Kevin Bacon.

As surpresas sangrentas e estética dos anos 70 fazem este filme ser um clássico Cult. Sexta-Feira 13 mostra um grupo de conselheiros de acampamento, sendo perseguidos e assassinados por um agressor desconhecido. Mas, isso acontece depois que eles resolvem reabrir o Camp Crystal Lake, que anos atrás teve o afogamento de um menino. Jason is alive!

Frankenstein (1931)

Clássicos do Terror

Frankenstein, um romance clássico escrito por Mary Shelley, em 1818, tornou-se uma peça icônica da literatura e inspirou inúmeros filmes. A história do Dr. Victor Frankenstein e o seu monstro, cativaram o público desde a sua criação. De filmes mudos à adaptações modernas, o conto de Frankenstein é recontado de várias maneiras. No entanto, o Frankenstein de Boris Karloff é inesquecível e icônico, até hoje.

Em uma aldeia europeia isolada, Dr. Henry Frankenstein acredita que alcançou sua maior conquista: criar vida artificial. Mas seu assistente Fritz comete um erro e adquire um cérebro criminoso e cruel para incluir nesse mostro. Por causa disso Frankenstein foge, assassina uma garotinha e segue espalhando o terror pela aldeia, mas um grupo tenta encontrá-lo, antes que ele mate novamente.

Drácula (1931)

Clássicos do Terror

Com certeza, o único personagem de terror que rivaliza com a popularidade de Frankenstein, é Drácula, o vampiro diabólico, de Bram Stoker. Esse clássico, de 1931, tinha Béla Lugosi como o vampirão de olhar assustador e caninos cintilantes. Quando Renfield, um advogado que viaja pela Transilvânia, se aproxima do castelo de Drácula, ele fica hipnotizado pelo vampiro, que o leva para Londres e deixa um rastro de vítimas em seu rastro. A bela Mina também cai sob o seu feitiço, isso até o heróico Van Helsing aparecer e lutar para salvá-la das garras de Drácula.

Essa não é a primeira versão de Drácula que assisti, mas esse filme é um clássico do terror, pois tem uma iluminação e trilha sonora que conseguem transmitir o medo. Assista ao filme num ambiente tolamente escuro e silencioso.

O Lobisomem (1941)

Clássicos do Terror

As lendas sobre Lobisomens existem há séculos, principalmente nas cidades do interior, mas o papel de Lon Chaney Jr., como Larry Talbot, serviu de inspiração para muitas representações sobre o Lobisomem. Após a morte do seu irmão, Talbot retorna à sua casa de infância, no País de Gales, na esperança de se reconciliar com seu pai. Porém, quando ele tenta resgatar uma garota do ataque de um Lobisomem, ele acaba sendo mordido. Após essa mordida, Larry transforma-se em um Lobisomem todas as noites e passa a perseguir as pessoas da sua cidade. Durante o dia ele tenta desesperadamente ficar curado dessa maldição, antes que seja tarde demais. Apesar desse Lobisomem ter a camisa sempre engomada, o filme merece ser visto.

O Monstro da Lagoa Negra (1954)

Clássicos do Terror

Não assisti esse filme até o final, mas percebi algo sensacional, pois O Monstro da Lagoa Negra inspirou todos os monstros aquáticos do cinema, até hoje. Esse filme é icônico e também a base para quase todas as criaturas aquáticas que circulam nos cinemas e serviços de streaming. Com apenas 10 minutos, já notamos a sua influência em filmes como (Deu a Louca nos Monstros) The Monster Squad, A forma da Água (The Shape of Water) e Hellboy. O Monstro da Lagoa Negra tem 79 minutos e segue uma fórmula simples, mas que é utilizada até hoje: mulher bonita, monstro marinho assustador e muita gosma.

Freddy vs. Jason

Não existe nenhum filme tão repugnante e mesmo assim digno de ser assistido, em qualquer Sexta-Feria 13. Freddy vs. Jason mostra esse confronto louco entre um assassino com muita massa brutal e com deficiência mental, contra um pedófilo carbonizado e homicida, mas que pode matá-lo dentro do seu próprio sonho. Certamente isso é muito divertido, pois tem sangue e nojeiras em várias cenas. Aliás, esse filme mostra um trabalho sombrio e elegante no confronto entre essas duas lendas do terror, apesar do roteiro ser um lixo.

Freddy vs. Jason está nesta lista porque sua violência é brutal, sangrenta e incessante. O roteirista Damian Shannon já disse que as únicas ordens que recebeu do estúdio, diziam para que o filme fosse violento e nojento. Por isso vemos pessoas cortadas em dois, empaladas, eletrocutadas, queimadas, desmembradas ou decapitadas. Ingredientes essenciais para qualquer Movie Trash.

Poltergeist – O Fenômeno

Toda vez que passo pelo Setor Noroeste, que fica em BSB, penso no filme Poltergeist – O Fenômeno. Isso porque um Pajé, que ainda mora por lá, lançou uma maldição contra esse setor, por ele ser construído sobre um cemitério indígena, segundo ele. Algo bem parecido com o filme Poltergeist, que mostra uma família mudando para uma casa que fica sobre um antigo cemitério. Certamente um tipo de problema que nem os Irmãos à Obra conseguiriam resolver. Pois os problemas enfrentados pela família Freeling, neste filme de terror criado por Tobe Hooper/Steven Spielberg, envolvem bestas sobrenaturais, vórtices aéreos, objetos flutuantes e um grande rapto interdimensional de crianças. Ou seja, Poltergeist criou uma espécie de manual com todas as catástrofes domésticas sobrenaturais possíveis e continua sendo assustador até hoje.

No filme a filha mais nova da família, uma menininha de cabelos longos interpretada por Heather O’ Rourke, que faleceu com apenas 12 anos de idade, faz a cena que se tornou um ícone. Ela começa a falar com a tela e entra em contato com o Povo da TV. Em pouco tempo ela desaparece desse plano de existência e vai morar com esse tal pessoal da TV, onde quer que eles estejam. A partir daí eventos estranhos começam a acontecer na casa e sua família faz de tudo para resgatá-la.

Inverno de Sangue em Veneza (1973)

Clássicos do Terror

Esse eu assisti na época da locadora de vídeo, mas é um suspense que assusta até hoje, pois logo de cara vemos uma garotinha se afogar no lago. Ela é filha de John (Donald Sutherland) e Laura Baxter (Julie Christie), que passam o filme tentando se recuperar da tragédia. Nessa atmosfera misteriosa, eles encontram duas irmãs bem estranhas. Uma dessas irmãs é psíquica e cega, por isso diz a Laura que ela está em contato com sua filha morta.

Essas premonições não param, pois John sofre um acidente quase fatal, no alto dos andaimes da igreja que ele reformava. Em seguida, ele vislumbra sua esposa, que está a centenas de quilômetros de distância, ao lado das duas irmãs misteriosas. Esse filme mistura realidade com terror e seu clímax é grotesco, já que o diretor Nicolas Roeg consegue deixá-lo inesquecível.

Carrie – A Estranha – o campeão de versões dos filmes de terror

Carrie, A Estranha foi um dos primeiros filmes a utilizar uma força sobrenatural aterrorizante: a puberdade. O romance de Stephen King, sempre ele, apresenta as provações da adolescência como um terreno fértil para o horror, além de ter um diretor digno, em sua primeira adaptação cinematográfica. Ou seja, Brian De Palma dá vida à esse conto com um gosto sádico e um trabalho de câmera inteligente e ousado para a época. Sissy Spacek oferece à Carrie uma inocência infantil e genuína, principalmente com a sua interpretação nos ataques telecinéticos assassinos. A atuação da atriz na cena do baile, consegue ser simultaneamente simpática e assustadora.

Não vou estragar o clímax do filme, para quem não assistiu, falando o que acontece nas principais cenas desse filme. Mas Carrie é uma verdadeira história de terror, onde o horror cresce a partir dos próprios personagens. Além desse primeiro filme, Carrie, A Estranha tem mais duas versões.

O Bebê de Rosemary – (Rosemary’s Baby)

Assisti ao filme O Bebê de Rosemary pela primeira vez sentado no sofá de uma casa antiga, com portas gigantes e fechaduras enormes, portanto nem preciso falar que foi bem horripilante. Recentemente assisti ao filme novamente e ele continua sendo inquietante e mórbido. O Bebê de Rosemary é um cruzamento distorcido entre O Exorcista e O Que Esperar Quando Você Está Esperando. Portanto, este clássico do suspense não é um filme para assistir quando você está pensando em se estabelecer na vida familiar e planeja mudar de casa.

Os vizinhos, literalmente, são uma proposta infernal para os recém-casados, interpretados por Farrow e Cassavetes, quando eles resolvem mudar para Manhattan. Fora das quatro paredes do casal, as forças das trevas giram e as cenas do filme apresentam um clima de paranoia claustrofóbica e infinitamente assustadora.

O filme é baseado no romance de Ira Levin, sobre bruxas e demônios modernos. No entanto, o filme é muito mais do que apenas uma história de suspense, pois seu brilho vem mais da direção do cineasta Polanski. Uma dica: assista esse filme com alguma companhia.

O Exorcista – (The Exorcist) – O mais assustador dos filmes de terror

Vamos entrar agora nos filmes de terror nível hard. Há muitos filmes de terror com reputações infames e, depois, há O Exorcista. Este é um filme que levou os donos de cinema a oferecer sacos de vômito para os clientes enjoados e algumas salas tinham até uma ambulância na porta, para ajudar com os desmaios regulares, que sempre aconteciam nas sessões. Confesso que até hoje penso duas vezes antes de assisti-lo. Além de tudo isso que falei acima, o filme é acusado de corromper a mente dos jovens com imagens subliminares, algo parecido com aquela história de escutar o disco da Xuxa ao contrário.

Em meio ao barulho e furor, as conquistas de William Friedkin nesse filme foram quase ignoradas, esquecendo como ele, habilmente, consegue misturar a religião e a psicologia, lançando temas como fé incondicional e amor materno. Lógico que isso é assustadoramente assustador ao extremo, pois é tudo muito real.

Esse filme nos leva a experimentar o horror e a confrontar a realidade do sofrimento humano e, por isso, é tão maligno, pois apresenta na tela o sofrimento de uma jovem, interpretada por Linda Blair.

Entrevista Com o Vampiro – (Interview With the Vampire)

Um vampiro moderno chamado Louis (Brad Pitt) está em São Francisco e encontra um jornalista freelancer, chamado Malloy (Christian Slater). No entanto, em vez de sugar o seu sangue, ele decide oferecer ao jornalista uma história incrível. Nessa primeira parte do filme ele cumpre sua promessa, já que Louis relata a sua segunda vida, depois que ele se tornou um vampiro. Baseado no romance de Anne Rice, Entrevista Com o Vampiro é um filme de terror com uma abordagem mais moderna e tem Tom Cruise, Brad Pitt e Antonio Banderas no elenco.

Gosto desse filme porque um dos personagens implora para ser transformado em vampiro e aguarda ansiosamente a desgraça da imortalidade. Entrevista Com o Vampiro mostra o que o vampirismo realmente é, nada além de uma tristeza sem fim. Como Nosferatu mostrou no filme de 1922, ser um vampiro é uma viagem solitária e longa.

Please allow me to introduce myself,
I’m a man of wealth and taste.

I’ve been around for long long years,
Stole many a man’s soul and faith

A Profecia – (The Omen) – O campeão dos filmes de terror

Filme de terror que tem criança no elenco é algo muito tenebroso e esse, A Profecia, é o ápice do horror cinematográfico. No filme um diplomata americano, chamado Robert Thorn (Gregory Peck), passa a acreditar que o seu filho é na realidade o anticristo. Ele pensa nisso depois que os eventos misteriosos em torno da criança aumentam, liderados pela misteriosa governanta, a Sra. Baylock (Billie Whitelaw). Portanto, ele acaba se convencendo de que precisa tomar medidas drásticas para salvar o mundo da aniquilação satânica.

Não sei se é porque assisti à esse filme de terror no cinema, que quase sempre era vazio, por isso A Profecia ainda continua sendo um dos filmes de terror mais inquietantes da minha vida. Por isso ele entrou nessa lista de filmes que devemos assistir na calada da noite.

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