1984: o Grande Irmão é cruel e está de olho em todos

1984, de George Orwell, sempre é um livro essencial, independentemente das mudanças ideológicas, pois retrata uma pessoa lutando para manter o que é real e valioso.

1984

1984 é uma obra de George Orwell

Estamos no século XXI, onde reality shows, como o BBB, dominam as conversas e interações na vida real e também nas redes sociais. Pois assim como no livro 1984, o Grande Irmão observa se os participantes desse programa estão agindo corretamente. Além disso, ele é a única pessoa fora da casa, com quem esses participantes podem falar.

Exatamente como os cidadãos no livro de Orwell, os colegas da casa do Big Brother são encorajados a se voltarem uns contra os outros. Por isso eles estão constantemente em competição, pois querem manter o seu lugar no programa, para conquistar o grande prêmio. Assim como o livro imaginava, no BBB todos estão sob vigilância constante e não conseguem escapar dos olhos do Grande Irmão.

O livro até gerou um filme, baseado no romance clássico de Orwell, mas o livro e o filme não contam exatamente a mesma história. Em comparação com o programa de TV, o livro tem um final muito mais sombrio do que o BBB, que termina com um vencedor sortudo sendo coroado e ganhando uma bolada.

Certamente alguns aspectos do BBB, como pessoas que desaparecem da casa, quando não agradam, são claramente inspirados nesse romance sombrio. O sinistro Grande Irmão do BBB e do livro, conseguem ser exatamente iguais. Pois o programa de TV coloca os companheiros da casa sob o olhar atento desse Big Brother. Um ser onipresente, onipotente e onisciente, que controla o show e a vida dos participantes. Diria que o BBB pode até controlar a vida dos espectadores, que interagem loucamente com o programa.

O Grande Irmão do BBB

Há uma boa chance de você já ter escutado alguém dizer: o Grande Irmão está de olho em você. Talvez tenham dito isso para desencorajá-lo a fazer algo que você não deveria fazer quando está sozinho, pensando que ninguém descobriria. Ou já falaram isso para dizer que os governos estão vigiando os seus cidadãos, com câmeras de vigilância, ou outros meios. Saiba que essa frase vem originalmente do romance distópico de George Orwell, 1984.

Se você ainda não leu o livro, saiba que o filme está disponível em vários serviços de streaming, ou você pode comprar o Blu-Ray. Assista ou leia e descubra que a utopia é um lugar imaginário, onde o governo, as leis e as condições sociais são perfeitas. Já uma distopia é exatamente o oposto e mostra uma sociedade caracterizada pela opressão, miséria e muitas vezes uma forma totalitária de poder, onde governos tentam esmagar a sua liberdade individual, em favor do controle absoluto do Estado. Às vezes, os líderes dessas sociedades distópicas tentam convencer os seus cidadãos de que estão bem e que o governo está cuidando de todos. Este é tema central do filme 1984, de Orwell.

A vigilância constante do Estado

A história de 1984 acontece na Oceania, um estado totalitário e fictício que Orwell criou, onde qualquer cidadão sabe que pode ser vigiado o tempo todo. Pois existem telas em todos os lugares, através das quais os membros do alto escalão do Partido, podem assistir e registrar o que cada um está fazendo. Segundo o Partido, essa vigilância é para o bem da Oceania como um todo e os cidadãos que resistem ou desobedecem, são rotulados como traidores e logo desaparecem. O líder desse Partido é conhecido como o Grande Irmão.

O mais assustador é que essa ficção está cada dia mais real e sinistra. Não vemos cartazes do Grande Irmão espalhados pelas ruas, mas vemos e ouvimos o que fascistas, negacionistas e ditadores pensam, nas redes sociais. O Big Brother, de 1984, é descrito dessa maneira: ‘‘O rosto com um bigode preto aparecia em todos os cantos junto com a frase – O GRANDE IRMÃO ESTÁ OBSERVANDO VOCÊ, e seus olhos escuros olhavam profundamente para os de Winston”. Winston Smith, é o protagonista do livro 1984, e representa um contraponto ao regime totalitário.

A captura da liberdade

Esse Estado de Vigilância é capaz de se firmar e envolver a vida das pessoas, mesmo em países democráticos e livres. Orwell foi bem claro sobre isso e disse que a criação de um estado de guerra perpétua e a implantação de um medo generalizado, induz as pessoas à renunciarem, voluntariamente, aos seus direitos e liberdades. É exatamente isso que permite a imposição de um Estado de Vigilância Constante.

Precisamos ficar atentos aos terríveis avisos de George Orwell em 1984. Se eliminarmos a ameaça de aniquilação nuclear, se destruirmos a máquina de guerra permanente, se cobrarmos que os nossos líderes tenham soluções diplomáticas para os conflitos mundiais, se direcionarmos os trilhões gastos em guerra para combater a desigualdade econômica, doenças, fome, falta de moradia, analfabetismo e desemprego em todo o mundo, se eliminarmos a vigilância governamental sem mandado, se restaurarmos a privacidade pessoal e toda liberdade perdida, se nos organizarmos, falarmos e fizermos tudo isso, o mundo não mergulhará na distopia de 1984. Mas, o tempo está se esgotando e só a educação impede a criação de um Estado totalitário e opressor.

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