A Vida de Brian escancara o fanatismo religioso e a hipocrisia política

O filme A Vida de Brian chegou aos cinemas em 1979 e mostra a vida de uma criança que nasceu ao lado de um estábulo famoso.

A Vida de Brian

Os Centuriões Romanos de a Vida de Brian

Recentemente eu li uma entrevista antiga do Monty Python, um grupo de comedia britânico que fez filmes icônico. Estou falando de filmes como Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, Monty Python: O Sentido Da Vida e A Vida de Brian. Nessa entrevista, John Cleese fala sobre a perseguição religiosa ao filme A Vida de Brian, quando ele foi lançado na Inglaterra. Simplesmente porque as pessoas não entenderam a história que essa comédia conta maravilhosamente bem.

A Vida de Brian só gerou polêmica porque trouxe uma nova versão sobre a vida de Jesus Cristo. Aliás, não lembro de nenhuma polêmica ou manifestação sobre o filme aqui no Brasil, pois nessa época ainda não existiam aqueles que tudo opinam.

O filme fala sobre um bebezinho nascido na manjedoura, que ficava ao lado de Jesus e toda a complicação que isso gera na vida deu pobre Brian. Pois até os Reis Magos vão visitar Brian, mas acabam descobrindo que ele não é o escolhido de deus.

Um Beatle patrocinou A Vida de Brian

Como os filmes anteriores do Monty Python, quase todos os personagens são retratados pelos seis membros do grupo: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin. A entrevista mostra um fato curioso sobre o filme, pois Lord Bernard Delfont, presidente do estúdio de cinema EMI, odiou o roteiro do filme e desistiu da produção.

Por causa disso, os membros do Monty Python precisaram correr atrás de alguns milhões de libras e Idle teve a ideia de ligar para George Harrison. De acordo com a entrevista, eles procuraram o ex-Beatle porque ele era a pessoa mais rica que o Monty Python conhecia. O contato com Harrison foi um sucesso e ele não ajudou apenas finaceiramente. O guitarrista dos Beatles criou o seu próprio estúdio de cinema, o HandMade Films, projetado especificamente para viabilizar o filme A Vida de Brian.

A Vida de Brian

Pôster original do filme

Como os loucos cancelamentos que acontecem hoje, quase todos impulsionados por falsos comentários nas redes sociais, o filme só horrorizou as pessoas que não o assistiram. Pois A Vida de Brian mostra, logo nos primeiros cinco minutos, que ele não é Jesus. Brian é apenas uma pessoa comum, mas que nasceu na mesma hora do homem de Nazaré.

O filme é muito inteligente e só poderia ser criado por esse grupo que redefiniu o significado de engraçado e reinventou a comédia cinematográfica. É lógico que os conservadores o boicotaram e protestaram, e os liberais o esnobaram, pois tudo que eles não entendem, é estúpido. Aliás, essas pessoas tentam fazer isso até hoje, simplesmente porque odeiam tudo aquilo que é criativo, inteligente e engraçado.

A Vida de Brian foi um sucesso nos cinemas, nas Videolocadoras e o filme não faz um ataque simplório à Igreja, ou ao conceito de fé. Ele utiliza um humor de qualidade e produz uma sátira inteligente, que aponta os absurdos e as hipocrisias de todas as religiões organizadas. Principalmente quando essa religião é associada a um poder político ultrapassado. Como na época em que A Vida de Brian chegou aos cinemas, essas pessoas se acham progressistas, mas na verdade falham em ter uma mente aberta para a vida real.

Assista ao filme A Vida de Brian na Netflix e tire sua própria conclusão.

Veja o trailer do filme abaixo

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